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Ferrugem Asiática pode dizimar soja no Paraná

O fungo avança cada vez mais e com maior potencial de provocar estragos



O Consórcio Anti-Ferrugem, da Embrapa Soja (Londrina/PR) revela dados preocupantes para os produtores paranaenses. Na safra 2018/2019 o Estado foi o campeão de casos de ferrugem asiática, com pelo menos 100 casos. A região mais infestada é a de Céu Azul, na grande Cascavel, com registro em oito lavouras. 

Além do aumento do casos outra questão preocupa: a ação do fungo que avança cada vez mais e com maior potencial de provocar estragos. Uma área infestada pode ter toda a cultura perdida em poucos dias. O fungo é difícil de ser detectado, começa a agir pelo caule e atinge toda a planta, sugando dela os nutrientes necessários para se desenvolver.

Desde o começo do ano a Secretaria de Agricultura do Paraná solicitou ao Mapa que se adotem medidas de contenção da praga pelo país. Dentre elas a adoção de um vazio sanitário, respeitando o zoneamento de cada região. O projeto ainda está no papel mas o Paraná já adota a medida como forma de prevenção. Em todos os municípios não pode haver uma planta em desenvolvimento no campo por 90 dias ( de junho a setembro).

A Ferrugem Asiática surgiu há 12 anos no Brasil. Para as autoridades, além do vazio sanitário, é urgente uma fiscalização mais efetiva, o aumento de pesquisas no setor e observar a perda de eficiência dos fungicidas. Na última safra foram necessárias mais aplicações para combater a doença (pelo menos 5).

O Paraná colheu, na última safra, 16,2 milhões de toneladas, perda de 17% provocada por fatores climáticos que também auxilia no avanço da doença. Só no município de Toledo, no Oeste, a perda foi superior a 30%. 
 

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