Paraná propõe R$ 597 bi para Plano Safra 2025/2026
Valor representa um crescimento em relação aos R$ 475,5 bi liberados na safra atual
Foto: Divulgação
O Paraná enviou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) a proposta para o Plano Safra 2025/2026, sugerindo a liberação de R$ 597,1 bilhões para crédito, investimentos e garantias aos produtores rurais. O valor representa um aumento em relação aos R$ 475,5 bilhões liberados na safra atual, que se encerra em junho.
Segundo dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, a proposta paranaense prevê que R$ 417 bilhões sejam destinados a créditos de custeio e comercialização, enquanto R$ 180,1 bilhões seriam voltados a investimentos no setor agrícola. Do montante total, R$ 90 bilhões seriam destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), R$ 86 bilhões ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e R$ 421 bilhões aos demais produtores rurais.
O documento, assinado por órgãos representativos do agronegócio paranaense, como a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná), a Faep, a Fetaep e o Sistema Ocepar, destaca a necessidade de ampliação dos recursos para custeio e comercialização, além da recomposição do orçamento para o seguro rural e revisão das taxas de juros. As taxas de juros sugeridas variam conforme o porte do produtor:
- Pronaf: limite de R$ 400 mil, com juros de 0,5% a 5,5% ao ano;
- Pronamp: limite de R$ 2 milhões, com juros de 7% ao ano;
- Demais produtores: limite de R$ 4 milhões, com juros de 11% ao ano.
A proposta também sugere uma linha especial para produtores de leite, garantindo recursos para retenção de matrizes e aquisição de alimentos, assegurando a continuidade da produção mesmo diante de dificuldades econômicas.
Os R$ 180,1 bilhões destinados a investimentos incluem programas considerados prioritários para o agronegócio, como:
- Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) – R$ 11,5 bilhões;
- Agricultura Irrigada e Cultivo Protegido (Proirriga) – R$ 3 bilhões;
- Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro) – R$ 4,5 bilhões;
- Sistemas de Produção Sustentáveis (RenovAgro) – R$ 10 bilhões.
A sugestão é que esses programas contem com juros menores e prazos de reembolso mais longos, incentivando investimentos de longo prazo no setor.
