Incerteza da guerra comercial mexe com commodities
O trigo na CBOT teve um aumento de $3,50

O mercado agrícola começou o dia com tendências mistas, refletindo uma recuperação técnica, mas ainda influenciado por incertezas nas tarifas comerciais e outros fatores externos. As informações são da TF Agroeconômica.
A soja na CBOT apresentou alta de $9,25, cotada a $1.021,00, devido a uma recuperação técnica. Contudo, as tarifas comerciais ainda geram incertezas, enquanto a colheita no Brasil e as chuvas na Argentina pressionam os preços para baixo. A desvalorização do real é um fator positivo para o mercado internacional, mas negativa para o Brasil, pois freia as exportações brasileiras, que começam a dominar a oferta.
“O fato positivo (para a CBOT, negativo para o Brasil) é a desvalorização do real, que freia as exportações brasileiras, que começam a dominar o mercado”, comenta.
O milho na CBOT registrou uma leve alta de $3,25, atingindo $459,00. A valorização é técnica, já que a expectativa é de aumento na área de plantio e na produção nos EUA. As tarifas, caso implementadas, podem prejudicar as exportações americanas, aumentando a disponibilidade interna, o que tende a pressionar os preços para baixo.
“E, se as tarifas forem implementadas como anunciado, poderá ficar pior, porque coloca em risco as exportações americanas e tenderão a aumentar a disponibilidade interna”, completa.
O trigo na CBOT teve um aumento de $3,50, fechando a $551,75, impulsionado pela queda do dólar e pelas baixas exportações russas, que atingiram os menores níveis em cinco anos. No entanto, as incertezas sobre as tarifas ainda pesam sobre o mercado, limitando um avanço mais robusto nos preços.
“Também as notícias de que as exportações russas foram as mais baixas dos últimos cinco anos é um sinal positivo. Por outro lado, as incertezas sobre as tarifas não ajudam a alta dos preços”, conclui.