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Semeadura de trigo aproveita clima seco

A partir de 13/06, os produtores reduziram o ritmo


Foto: Divulgação

As condições ambientais, caracterizadas por tempo seco e temperaturas elevadas para a estação, impulsionaram as atividades de semeadura de trigo no Rio Grande do Sul, com trabalhos estendendo-se até o período noturno, resultando em uma expansão da área cultivada. No entanto, essas condições climáticas, aliadas a ventos moderados, reduziram drasticamente a umidade superficial do solo em áreas sem cobertura vegetal, dificultando a uniformidade na deposição das sementes e resultando em uma semeadura irregular, com profundidades variadas.

A partir de 13/06, os produtores reduziram o ritmo ou interromperam a semeadura para ajustes necessários. As chuvas, a partir de 15/06, em volumes moderados na maior parte do Estado, facilitaram a emergência das lavouras recém-semeadas. Contudo, em algumas regiões, precipitações mais intensas causaram danos por erosão em áreas recém-plantadas.

De maneira geral, as áreas inicialmente implantadas apresentam bom estabelecimento e desenvolvimento vegetativo satisfatório. Em termos de manejo sanitário, o controle de plantas invasoras é prioridade, com os produtores utilizando combinações de herbicidas pré e pós-emergentes.

A área cultivada na safra 2023 no Estado foi de 1.505.807 hectares, com produtividade média de 1.751 kg/ha (dados do IBGE). A Emater/RS-Ascar está conduzindo o levantamento de intenção de plantio para a safra 2024, com expectativa de uma leve redução em comparação à safra anterior, influenciada pelos baixos preços do cereal e pela produtividade frustrada na última safra.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a semeadura avançou, alcançando aproximadamente 50% dos municípios de menor altitude da Serra, responsáveis por pouco mais de 10% da área prevista na regional. Cerca de 90% das lavouras estão concentradas nos Campos de Cima da Serra, onde a semeadura começa apenas em julho.

Na região de Erechim, cerca de 20% da área foi plantada, e as lavouras estão em processo de germinação e emergência.

Em Frederico Westphalen, mais de 50% da área destinada ao trigo foi semeada, com as lavouras em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. Após as chuvas a partir de 15/06, a umidade do solo se manteve adequada, permitindo um escalonamento no período de semeadura, o que pode ser vantajoso para reduzir os riscos climáticos.

Na região de Ijuí, aproximadamente 70% da área prevista foi semeada, mesmo com um início de semeadura em solo com umidade acima do ideal. As lavouras semeadas no final de maio e início de junho apresentam emergência desuniforme, mas as sementes não foram comprometidas. As chuvas intensas entre 15 e 16/06 causaram erosão em áreas recém-plantadas.

Em Santa Maria, cerca de 50% da área planejada para o trigo foi implantada, com uma tendência de redução do cultivo dessa cultura em favor de outras de inverno, como a canola.

Na região de Santa Rosa, a área plantada aumentou significativamente, aproximando-se de 75% do total previsto, com conclusão estimada até 20/07 conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). No entanto, há relatos de baixa disponibilidade de sementes no comércio local e problemas com a germinação das sementes da safra anterior armazenadas pelos produtores.

Em Soledade, aproximadamente 50% da área planejada foi semeada, com o período de semeadura concentrado em junho de acordo com o ZARC, apesar dos desafios encontrados com disponibilidade de sementes.

Comercialização (saca de 60 quilos): O valor médio, segundo o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar, aumentou 1,30% em relação à semana anterior, passando de R$ 67,06 para R$ 67,93.

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