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Produtores de trigo em alerta com previsão de La Niña para o segundo semestre

Clima continua sendo um fator decisivo


Foto: Pixabay

Os preços do trigo no Brasil mostraram estabilidade nesta semana, com a média gaúcha fechando a R$ 67,93 por saco, enquanto no Paraná os preços se mantiveram em torno de R$ 75,00 por saco nas principais praças de comercialização. Segundo a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o volume de negócios ainda é baixo, reflexo das incertezas no setor.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou, em seu relatório de junho, que a área destinada ao plantio de trigo neste ano será de 3,087 milhões de hectares, representando uma redução de 11,4% em relação ao ano passado. Apesar da diminuição na área plantada, a produtividade pode aumentar em 26,3%, atingindo 2.945 quilos por hectare (equivalente a 49,1 sacos por hectare). Com isso, a produção final de trigo no Brasil poderia alcançar 9,065 milhões de toneladas, um aumento de 12% em comparação com a colheita de 2023.

No entanto, a CEEMA destaca que essa projeção está fortemente condicionada às condições climáticas, que permanecem imprevisíveis, especialmente no sul do país. A meteorologia indica o retorno do fenômeno La Niña a partir do segundo semestre, o que pode impactar significativamente a produtividade das lavouras de trigo na região.

O cenário de estabilidade nos preços e a expectativa de aumento na produtividade trazem um misto de otimismo e cautela para os produtores. A redução na área plantada é compensada pela possível melhoria na eficiência das lavouras, mas o clima continua sendo um fator decisivo. O retorno do La Niña pode trazer desafios adicionais, com possíveis variações nas chuvas e temperaturas afetando o desenvolvimento das plantações.

Para os agricultores e comerciantes de trigo, a análise da CEEMA sugere uma necessidade de monitoramento constante das condições climáticas e do mercado. As expectativas de produção elevada podem trazer boas oportunidades, mas os riscos associados ao clima exigem estratégias de mitigação para garantir a segurança das colheitas e a estabilidade financeira dos produtores.

Com a previsão de um cenário climático incerto, a CEEMA ressalta a importância de planejamento e adaptação para os produtores de trigo no Brasil.

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