Preço do milho não deve superar os custos

De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, dificilmente os preços do milho irão superar os custos de produção desta safra. “Nesta safra os preços do milho só superaram os custos de produção da Safrinha em dezembro e janeiro últimos, ocasião em que deveria ter sido aproveitada pelos agricultores, cooperativas e cerealistas para fixação do lucro na B3 de São Paulo”, comenta.

Dentre os fatores de alta estão a possível disputa entre indústrias e exportadores no Brasil e a previsão dos estoques dos EUA. “No Brasil, a possível disputa entre indústrias e exportadores, no segundo semestre, poderá elevar um pouco os preços e cotações do milho, mas, sem sequer atingir o custo de produção, que está muito acima da remuneração dos produtores, nesta temporada”, indica.

“Pesquisas da indústria nos EUA antes do relatório de oferta/demanda do USDA WASDE de quarta-feira preveem que o governo mostrará estoques finais da safra velha de 2,009 bilhões de bushels (51,03 MT) e estoques finais de 2024/25 de 2,079 bilhões de bushels (52,80MT). Ambos seriam inferiores aos números de maio, se realizados”, completa.

Para a baixa existem mais fatores, como a alta do dólar, que favorece as exportações brasileiras, o progresso da colheita de milho na Argentina e o clima favorável para a produção de milho nos EUA. “No Brasil os preços do milho recuaram 1,84% na semana/mês e 0,48% nesta sexta-feira, pressionados pela grande oferta de produto das duas safras, de verão e de inverno, esta, que começa a ser colhida”, indica.

“O relatório do Commitment of Traders desta tarde mostrou que os Fundos de Investimento aumentaram suas posições vendidas líquidas em milho em 79.230 contratos durante a semana encerrada em 4 de junho, elevando-as para 212.706 contratos para futuros e opções combinadas”, conclui.