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Produção de soja nos EUA promete recordes de produtividade, aponta Céleres

Expectativa para a safra 2024/2025 é otimista


Foto: Sheila Flores

Mesmo tendo sido ultrapassada pelo Brasil na safra 2017/2018, a produção de soja nos Estados Unidos continua desempenhando papel fundamental na distribuição global da oleaginosa. De acordo com dados da consultoria Céleres, a expectativa para a safra 2024/2025 é otimista, com previsões de produtividade recorde.

Os 18 estados destacados no gráfico da Céleres, que representam mais de 95% da produção de soja dos EUA, beneficiam-se de 70% das terras em condições ótimas (excelente + bom) de produtividade. Essa condição favorável sugere que a produtividade média da soja no país pode ser a maior já registrada. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima uma produtividade de 3,50 toneladas por hectare (Mt/Ha), cerca de 3% superior à média do ciclo 2023/2024 e ligeiramente acima do recorde histórico de 3,49 Mt/Ha da safra 2021/2022.

Além disso, a área plantada com soja na safra 2024/2025 deve crescer cerca de 4% em relação ao ciclo anterior, resultando em uma produção estimada de 121,1 milhões de toneladas. Esse volume é apenas 0,3% menor que o recorde da safra 2021/2022, que foi de 121,5 milhões de toneladas, e 7% superior à produção de 113,3 milhões de toneladas da safra passada.

A relação entre estoque e consumo e a cotação da soja em Chicago no segundo semestre apresenta uma correlação histórica, segundo a Céleres. A oferta de soja no segundo semestre é amplamente influenciada pela produção dos EUA. No ciclo 2023/2024, a relação estoque/consumo nos EUA manteve-se em torno de 14,5%, o que, em conjunto com a conjuntura global, estabilizou o preço médio em US$ 13,6 por bushel (bu).

Para a safra 2024/2025, o USDA prevê uma relação estoque/consumo de aproximadamente 18%. Essa previsão já afeta as expectativas de preço médio futuro, que devem ficar próximos a US$ 11,3/bu no segundo semestre, 17% abaixo da média do ciclo anterior e 6% inferior ao preço médio do primeiro semestre de 2024.

Para o produtor brasileiro, os dados da Céleres indicam que o segundo semestre tende a ser marcado por preços internos menores e estáveis, desde que as condições de câmbio e prêmio se mantenham dentro da normalidade.


 

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