Clima úmido eleva riscos na produção de uvas
Produtores de uva intensificam controle de doenças fúngicas em meio a chuvas no RS
No Rio Grande do Sul, os produtores de uva estão enfrentando desafios climáticos que ameaçam o desenvolvimento da safra. Na região administrativa de Caxias do Sul, as condições meteorológicas recentes, marcadas por dias seguidos de chuva, alta umidade e baixa insolação, não favoreceram o desenvolvimento adequado das vinhas, nem a manutenção da sanidade dos pomares, conforme aponta o Informativo Conjuntural divulgado na quinta-feira (17) pela Emater/RS-Ascar.
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Somente no final do período, houve melhora nas condições para que os viticultores pudessem realizar as práticas e os tratos culturais nos vinhedos. A fase atual é considerada delicada, especialmente porque muitas variedades estão em fase de antese, um momento extremamente sensível a condições climáticas adversas e crucial para o sucesso da vindima. Apesar das preocupações, as vinhas têm apresentado bom vigor e sanidade, além de uma boa diversidade de cachos, tanto em quantidade quanto em tamanho.
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Na região de Santa Rosa, as videiras estão em plena brotação e fase reprodutiva, com as cultivares de ciclo precoce já em floração. O desenvolvimento das videiras é considerado adequado, porém, o clima úmido e chuvoso favoreceu o surgimento de doenças fúngicas e a baixa luminosidade prejudicou o crescimento das novas brotações. Para combater doenças como antracnose e escoriose, que são comuns neste período, os produtores intensificaram o manejo e o controle fitossanitário.
Na região de Soledade, as condições de alta umidade do ar combinadas com temperaturas elevadas aumentaram a incidência de míldio, doença fúngica que afeta o desenvolvimento das videiras. O vigoroso crescimento das brotações também exigiu que os produtores realizassem o amarrio das plantas para evitar a quebra dos ramos pelo vento.