Feijão: alta surpreende produtores
Os mais experientes já haviam se preparado para tais variações
O clima está tenso nas lavouras de feijão do Brasil. Entre agosto e dezembro de 2023, o preço do feijão subiu 49%, segundo dados do Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE). A recente oscilação brusca dos preços pegou muitos produtores de surpresa, especialmente os novos no mercado.
No entanto, os mais experientes já haviam se preparado para tais variações. Eles plantaram cultivares mais precoces e feijões de escurecimento lento, prepararam armazéns climatizados, negociaram suas contas para vencerem após outubro e diversificaram a produção com feijões que têm contratos firmados com exportadores de Vermelho e Rajado.
Quando assinaram esses contratos, os preços do feijão estavam ao redor de R$ 400, enquanto os contratos eram firmados entre R$ 250 e R$ 270, e o feijão-carioca era vendido por cerca de R$ 300. Agora, esses produtores estão tranquilos, entregando os contratos em um momento em que muitos estão preocupados com o excesso de oferta. No Mato Grosso, por exemplo, o feijão nota 9/8,5 de peneira 12 foi vendido por R$ 185, e em Minas Gerais, no Noroeste, o preço máximo manteve-se em R$ 210/220.
Olhando para o futuro, há boas perspectivas para os produtores que estão vendendo o mínimo agora. Comparando os preços pagos em agosto e dezembro do ano passado, houve uma excelente recuperação, com uma diferença de R$ 215 em agosto para R$ 316, representando um aumento de 46,81% em reais e 49,23% em dólar. Um produtor do Triângulo Mineiro comentou que, quanto menor o preço no início de agosto, maior será a valorização esperada. Ele ponderou que, se a valorização for de 20%, isso será equivalente ao lucro obtido entre o plantio e a colheita.
Portanto, para comerciantes e pequenos e médios empacotadores, o momento é de aproveitar a oportunidade de compra. Para os produtores que se prepararam, a colheita deste semestre ainda promete bons resultados.