Soja fecha de forma mista em Chicago
Os principais índices de Wall Street se recuperaram

De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado da soja em Chicago encerrou o pregão desta terça-feira (20/08) de maneira mista, influenciado por declarações do Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sobre a guerra comercial com a China. O contrato de soja para maio, referência para a safra brasileira, teve alta de 0,53%, ou 5,50 cents/bushel, fechando a US$ 1035,00.
Já o contrato de julho subiu 0,43%, ou 4,50 cents/bushel, encerrando a US$ 1046,00. Em contrapartida, os derivados apresentaram queda: o farelo de soja para maio recuou 0,34%, a US$ 291,9 por tonelada curta, e o óleo de soja caiu 0,50%, a US$ 47,58 por libra-peso.
O movimento positivo nos contratos de grão foi sustentado principalmente nas duas primeiras posições, refletindo o otimismo do mercado com o cenário macroeconômico norte-americano. Os principais índices de Wall Street se recuperaram das perdas da véspera, quando tensões entre o governo Trump e o Federal Reserve causaram instabilidade. As falas de Bessent, afirmando que a guerra comercial não deve representar um entrave duradouro, ajudaram a conter os temores e favoreceram as compras especulativas.
Além disso, o mercado considera o fator sazonal: tradicionalmente, a China começa a adquirir grandes volumes de soja dos Estados Unidos a partir de setembro. Neste período do ano, as importações chinesas se concentram no Brasil e na Argentina, o que abre uma janela para que as negociações tarifárias avancem sem impacto imediato nas vendas norte-americanas.
Outro ponto de atenção foi o relatório semanal do USDA divulgado ontem, indicando um ritmo acelerado no plantio do milho. A agilidade pode aliviar a pressão sobre a soja no curto prazo, uma vez que reduz as chances de mudança significativa de área plantada do milho para a oleaginosa, mantendo o equilíbrio atual entre as culturas.