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Cotonicultores enfrentam safra mais cara desde 2023

Produtor continua lidando com despesas operacionais mais elevadas



Foto: Canva

O custo para cultivar algodão no Mato Grosso segue em alta, mesmo com pequenos recuos pontuais. Segundo informações do boletim informativo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custeio da safra 2025/26 caiu 0,09% em relação à estimativa feita em fevereiro. No entanto, mesmo com a leve redução, o valor projetado de R$ 10.730,69 por hectare ainda é o maior desde a temporada 2022/23.

Apesar do recuo no custeio, o produtor continua lidando com despesas operacionais mais elevadas. O relatório de março de 2025 do projeto CPA-MT aponta um aumento de 0,40% no Custo Operacional Efetivo (COE), puxado principalmente pela alta de 3,70% nas despesas com pós-produção. Com isso, o COE foi calculado em R$ 15.292,10 por hectare, refletindo o encarecimento das operações no campo.

O cenário atual exige atenção redobrada na comercialização da pluma. Para cobrir os custos operacionais, o cotonicultor precisa vender sua produção a pelo menos R$ 129,51 por arroba, considerando uma produtividade média de 118,08 arrobas por hectare. Embora o preço médio de comercialização registrado até março esteja em R$ 134,30 por arroba, a margem de lucro do produtor é a mais apertada dos últimos anos.

O estreitamento dessa margem preocupa o setor, que vê na estratégia de vendas uma ferramenta essencial para garantir a rentabilidade. A orientação é clara: o cotonicultor deve aproveitar os melhores momentos do mercado para negociar sua produção, protegendo-se contra oscilações futuras que podem comprometer ainda mais a viabilidade econômica da atividade.

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