Estresse hídrico pode afetar o feijão 1ª safra no Rio Grande do Sul
Preço médio do feijão caiu 5% na última semana
De acordo com os dados do Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (21) pela Emater/RS-Ascar, a semeadura da 1ª safra de feijão foi concluída na maior parte do Rio Grande do Sul. No entanto, em regiões como os Campos de Cima da Serra, o plantio tardio segue até dezembro.
O clima seco, com altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, trouxe desafios às lavouras, que já apresentam sinais de estresse hídrico. Atualmente, grande parte das plantações está na fase reprodutiva — florescimento, formação de vagens e enchimento de grãos —, uma etapa em que a falta de água pode impactar severamente a produtividade.
Embora o cenário ainda não seja considerado crítico, as chuvas recentes oferecem esperança de limitar perdas. O clima seco também ajudou a reduzir a pressão de doenças, como a antracnose, que continua monitorada.
Na região de Ijuí, 45% das lavouras estão em fase reprodutiva, sendo 26% em floração, 15% em enchimento de grãos e 4% em maturação. Em áreas irrigadas, os produtores têm conseguido manter níveis adequados de umidade. Na região de Pelotas, a semeadura atingiu 57%, com 90% das plantações em fase vegetativa. Já em Santa Maria, 93% das áreas foram plantadas, com 4% já colhidas. Em Soledade, 60% das lavouras estão em florescimento, 30% em enchimento de grãos e 10% em fase vegetativa.
No Estado, o preço médio do feijão caiu 5% na última semana, passando de R$ 303,75 para R$ 288,57 por saca de 60 kg. Para a safra 2024/2025, o Rio Grande do Sul projeta um cultivo de 28.896 hectares, com produtividade média estimada em 1.864 kg/ha, conforme levantamento da Emater/RS-Ascar.