Escassez e alta demanda disparam preços do café no Brasil
Alta é impulsionada por oferta limitada e demanda aquecida
Os preços dos cafés arábica e robusta seguem em alta no mercado brasileiro, impulsionados por fatores como oferta limitada e demanda aquecida. Segundo o Boletim Informativo do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, renovou recordes reais da série histórica iniciada em novembro de 2001. No acumulado de 2024, a valorização ultrapassa 100%, reflexo direto da restrição de oferta no Brasil e no Vietnã, somada aos elevados preços do arábica.
Já o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, atingiu valores acima de R$ 1.800 por saca de 60 kg, o maior patamar real desde 1998. No ano, a alta acumulada é de quase 80%, atribuindo-se este cenário à baixa oferta, ao alto percentual de café já comercializado pelos produtores e à safra 2024/25 menos volumosa.
Pesquisadores do Cepea destacam ainda que as condições debilitadas das plantas podem comprometer a produção da safra 2025/26, elevando a atenção de agentes do setor para o desenvolvimento da próxima temporada.