Deficiência de zinco compromete desenvolvimento do milho
Barros explica que a deficiência de Zinco pode ser confundida com a falta de Magnésio

Segundo Wanderson Barros, engenheiro agrônomo e Agente Gerador de Demanda do Grupo OTM, observar os sinais no campo é essencial para garantir o alto potencial produtivo do milho. De acordo com Barros, a cultura é altamente exigente em nutrientes, e deficiências nutricionais impactam diretamente no desenvolvimento vegetativo, na formação de espigas e, consequentemente, na produtividade final.
Entre os sintomas observados, destacam-se faixas ou listras esbranquiçadas/amareladas entre as nervuras das folhas, sendo que as nervuras principais permanecem verdes — um quadro típico de estriação clorótica. O especialista ressalta que as folhas novas são as mais afetadas, evidenciando que a deficiência é de Zinco (Zn), micronutriente pouco móvel na planta. As plantas com deficiência apresentam porte reduzido e desenvolvimento travado, comprometendo seriamente seu desempenho.
Barros explica que a deficiência de Zinco pode ser confundida com a falta de Magnésio (Mg), que também causa clorose internerval. No entanto, enquanto o Mg é móvel na planta e seus sintomas aparecem primeiro nas folhas velhas, o Zn manifesta sintomas nas folhas jovens. Entre os fatores que podem restringir a disponibilidade de Zinco no solo estão o pH elevado (acima de 6,5-7,0), solos arenosos, altos níveis de fósforo (antagonismo P-Zn) e baixos teores de matéria orgânica.
Diante disso, o correto manejo da adubação de base, com atenção especial ao fornecimento de Zinco, é essencial para evitar prejuízos à lavoura. Monitorar as condições do solo e ajustar a fertilização conforme as necessidades da cultura são práticas fundamentais para garantir a produtividade e a qualidade da safra.