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Alta umidade prejudica colheita de cítricos

Os preços das bergamotas Ponkan e Caí variam entre R$ 35,00 e R$ 45,00 por caixa


Foto: Canva

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, as chuvas abundantes e os dias nublados têm causado problemas para os produtores de citros. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado na quinta-feira (30/05) pela Emater/RS-Ascar, especialmente em maio, a umidade elevada contribuiu para a queda de laranjas e bergamotas, resultando em uma redução na produtividade estimada entre 30% e 35%. Os pomares, atualmente, estão no estágio final de desenvolvimento e início de maturação dos frutos das variedades de ciclo médio e tardio, enquanto as variedades de ciclo precoce já estão em plena colheita e comercialização.

Os preços das bergamotas Ponkan e Caí variam entre R$ 35,00 e R$ 45,00 por caixa de 22 kg, enquanto as laranjas das variedades precoces também estão sendo colhidas. Para a laranja de umbigo Bahia, os valores oscilam entre R$ 2,00 e R$ 2,50 por quilo, e para as variedades de suco Iapar 73 e Salustiana, os preços variam entre R$ 1,50 e R$ 1,60 por quilo, dependendo da qualidade, sendo de R$ 1,10 a R$ 1,20 por quilo para a indústria de sucos. Há expectativa de aumento nos preços pagos aos produtores caso a qualidade industrial melhore. As produtividades iniciais estimadas para algumas variedades são: Iapar 73 e Salustiana, de 20 a 25 t/ha; umbigo Bahia, de 8 a 10 t/ha; bergamota Caí, de 10 a 12 t/ha; e Ponkan, de 15 a 18 t/ha.

Em Santa Rosa, as bergamotas Okitsu, Ponkan, Satsuma e comum, assim como as laranjas de umbigo, do céu e sanguínea, estão em fase final de maturação, plena colheita e comercialização. No entanto, as plantas apresentam carga e frutos pequenos, além de estarem sujeitas a infestações de cochonilha, ácaro e pulgão, o que resultou em danos significativos. Além disso, muitos frutos foram afetados por doenças, e há incidência de ataques de mosca-das-frutas. As plantas novas estão enfrentando ataques de pulgão nas brotações e de larva-minadora nas folhas. O preço para a indústria é de R$ 6,00/kg.

Em Caxias do Sul, os levantamentos e mapeamentos das áreas atingidas e das perdas nos municípios produtores continuam. Vários acionamentos de Proagro estão sendo verificados devido à dificuldade dos agricultores em acessar suas propriedades para realizar tratamentos fitossanitários, seja devido ao encharcamento do solo ou a deslizamentos de terra que bloquearam as estradas. Queda de frutos também é observada em bergamotas Caí, Pareci e Ponkan, enquanto as variedades mais tardias, como Montenegrina, Rainha e Murcott, estão apresentando rachaduras na casca e polpa. Quanto à produção de laranja, problemas nas fases de floração e fixação resultaram em baixa carga de frutos. As variedades mais precoces, como laranja do céu, estão em fase de maturação e colheita, com frutas classificadas e comercializadas a R$ 2,50/kg. Laranjas de umbigo grande estão a R$ 4,00/kg, e de umbigo pequeno a R$ 3,00/kg. Bergamotas Caí estão a R$ 2,50/kg, e Ponkan a R$ 3,50/kg.

Na região de Erechim, nas áreas inundadas próximas aos rios, ocorreram perdas na cultura da laranja, principalmente em Itatiba do Sul e Erval Grande. Ainda há laranjas precoces a serem colhidas, como Iapar, Salustiana, Rubi, Umbigo Navelina e Bahia, com preço médio de R$ 1,50/kg para o produtor. Apesar das laranjas Valência já terem compradores, elas apresentam um grau Brix muito baixo, com preço de R$ 1,00/kg. Novos pomares estão sendo implantados na região, com a maior área localizada em Centenário. A produção total de laranja deve ser 30% menor do que em anos normais. A colheita de limão Tahiti e de bergamotas comum, Caí e Satsuma continua, sendo comercializadas a R$ 2,00/kg.

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