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Copom mantém taxa Selic em 10,50%

Manutenção da taxa Selic em 10,50% é considerada pelo Copom como compatível


Foto: Pixabay

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 10,50% ao ano, em decisão unânime divulgada hoje. A decisão foi tomada considerando o cenário econômico atual, tanto doméstico quanto internacional, que apresenta desafios significativos para a política monetária.

Segundo o Banco Central, o ambiente externo continua adverso, com incertezas sobre os impactos da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e as dinâmicas de atividade e inflação em diversos países. Os bancos centrais das principais economias estão determinados a promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho.

No cenário doméstico, os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho mostraram dinamismo maior do que o esperado. Embora a inflação medida pelo IPCA tenha arrefecido, as medidas de inflação subjacente ainda estão acima da meta. As expectativas de inflação para 2024 e 2025, conforme a pesquisa Focus, estão em torno de 4,1% e 4,0%, respectivamente.

O Copom destaca que existem riscos tanto de alta quanto de baixa para o cenário inflacionário. Entre os riscos de alta, estão a desancoragem prolongada das expectativas de inflação, a maior resiliência na inflação de serviços e a combinação de políticas econômicas que possam impactar a taxa de câmbio. Já os riscos de baixa incluem uma desaceleração econômica global mais acentuada e impactos mais fortes do aperto monetário global sobre a desinflação.

A manutenção da taxa Selic em 10,50% é considerada pelo Copom como compatível com a estratégia de convergência da inflação para a meta ao longo do horizonte relevante. A decisão visa não apenas assegurar a estabilidade de preços, mas também suavizar as flutuações da atividade econômica e fomentar o pleno emprego.

O Banco Central reafirma a importância de uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida para a ancoragem das expectativas de inflação e redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros. O Comitê permanecerá vigilante e, se necessário, ajustará a taxa de juros para garantir a convergência da inflação à meta.

Votaram pela decisão os membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

As informações foram divulgadas pelo Banco Central.

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