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Tecnologia ajuda a elevar qualidade da uva no semiárido nordestino

Produtores do Vale do São Francisco têm se destacado no mercado externo com a produção de duas safras e meia da cultura por ano



Nas últimas décadas, o Vale do São Francisco, em especial a região de Petrolina, no interior pernambucano, tem se destacado na produção de uvas de qualidade. Com o implemento de novas tecnologias, como a suplementação e nutrição foliar, os produtores do semiárido nordestino conseguem a cada safra melhorar a qualidade das frutas, aumentar a produtividade e reduzir custos.

Além de ser importante para a comunidade local, a viticultura tem papel de destaque na economia nacional. Segundo projeções do Ministério da Agricultura, o Valor Bruto de Produção (VBP) da uva pode crescer 18% no Estado este ano, passando de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,8 bilhão. “A cada ano tem crescido a demanda pelas nossas uvas devido à abertura de novos mercados principalmente na Ásia, com forte demanda da China que tende a crescer ainda mais”, diz Cleber Uzumaki, engenheiro agrônomo e RTV da Ubyfol, multinacional brasileira que desenvolve fertilizantes especiais.

Estima-se que 95% das uvas classificadas como de mesa, que são consumidas in natura no Brasil, são produzidas no Vale do São Francisco, que além de Petrolina, em Pernambuco, contempla os Estados de Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Alagoas.

Pacote tecnológico

A cada safra, os produtores de uvas investem mais em novas tecnologias buscando espécies resistentes ao clima seco e quente da região. Atualmente as variedades que os produtores mais cultivam são as BRS desenvolvidas pela Embrapa: Vitória, Núbia e Isis. São espécies que utilizam menos defensivos por serem mais resistentes há algumas doenças, além disso, têm boa fertilidade. “Conseguindo conciliar variedades que melhor se adaptam a nossa região, com as condições climáticas e as novas tecnologias, temos produzido até duas safras e meia por ano”, destaca Uzumaki.

Entre os investimento dos produtos tecnológicos para aumentar a produtividade dos parreirais, destaque para a nutrição complementar via folha que configura-se como ferramenta de relevância na cultura da uva. Segundo o especialista da Ubyfol, atualmente, 99% dos produtores da região utilizam a nutrição foliar na cultura. “A nutrição foliar é uma realidade consolidada, o investimento médio é de R$ 1,2 mil por hectare, um aporte baixo para a produção de uvas diante dos ganhos de retorno”, diz.

Além da nutrição foliar, muitos produtores da região trabalham com o pacote tecnológico da Ubyfol, que é composto por produtos que vão desde a brotação, até a fase de colheita. Com esse pacote de soluções, os viticultores melhoraram a qualidade de seus produtos tanto no aspecto visual, com melhor coloração, quanto em sabor com o Brix (teor de açúcar).

Outro fator importante é que o custo desse pacote tecnológico é mais baixo em relação à média da região e isso tem possibilitado o ganho de mercado aos produtores. “Estes produtos da Ubyfol atuam nas fases fisiológicas essenciais para a cultura da uva onde o produtor terá uma pós colheita boa, com excelente qualidade e boa coloração”, cita o engenheiro agrônomo.

Auxílio no raleio

A formação dos cachos de uva são tão importantes quanto todas as outras etapas do processo. Os mercados consumidores internacionais são extremamente exigentes quanto a aparência e padronização dos produtos. Por isso, umas das partes do processo produtivo que mais requer atenção e cuidado é o raleio. A técnica é feita manualmente, manejando os cachos e retirando os frutos imperfeitos, moldando-os para o padrão comercial.

O raleio das bagas precisa ser executado por pessoas altamente treinadas e capacitadas para assim obter cachos perfeitos e uniformes. Não diferente de outras áreas do campo, a mão de obra qualificada também é um dos problemas recorrentes na produção de uvas. Mas, até mesmo neste cenário, as tecnologias Ubyfol estão contribuindo e facilitando a vida dos viticultores.

De acordo com o RTV da empresa, nas últimas safras tem se observado que produtores que utilizaram o complexo nutricional Acordex CT da Ubyfol na fase de saída de flor, com baga de 2 mm, conseguiram reduzir a quantidade de pessoas no processo de raleio. “Nas plantas onde o produto foi utilizado, os profissionais que tiram as bagas menores para moldar o cacho conseguem ter um rendimento melhor de até 50%”, destaca o profissional.

O produto é composto por micronutrientes que favorecem a fisiologia e o metabolismo vegetal através de suas propriedades bioestimulantes e de uma nutrição eficaz. “Temos casos de clientes que usaram o Acordex CT na fase certa e reduziram até 40 pessoas por hectare. Ou seja, uma grande economia no custo de mão de obra”, finaliza o engenheiro agrônomo.

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