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Brasil lidera exportações de algodão

Na safra 2023/2024, cerca de 90% da produção já foi beneficiada



Foto: Pixabay

O Brasil segue consolidando sua liderança global na exportação de algodão. Na safra 2023/2024, cerca de 90% da produção já foi beneficiada, e as expectativas para o ciclo 2024/2025 apontam para um novo recorde. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de algodão (Abrapa), o país deve alcançar 3,91 milhões de toneladas beneficiadas, um aumento de 5,8% em relação à safra anterior.

O crescimento será impulsionado pela expansão da área cultivada, prevista para atingir 2,12 milhões de hectares, um incremento de 6,6%. Estados como Piauí (+47,1%) e Minas Gerais (+33,1%) lideram os aumentos, enquanto Mato Grosso e Bahia, principais produtores, ampliam suas áreas em 5% e 10%, respectivamente.

Expansão no mercado global e projeções positivas

De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), o Brasil exportou 945 mil toneladas até novembro de 2024 e projeta embarcar 2,8 milhões de toneladas na próxima safra, com os principais destinos sendo China, Vietnã e Paquistão. No mercado internacional, os preços futuros para dezembro de 2025 estão em US$ 0,7104/lb, acompanhando uma recuperação da demanda global.

Miguel Faus, presidente da Anea, enfatiza a importância da qualidade e da logística: “Teremos uma safra grande, um mercado competitivo e muito trabalho pela frente, mas estamos confiantes de que alcançaremos nossos objetivos novamente.”

Avanços no controle fitossanitário

As doenças ramulária e mancha-alvo foram destaque na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão, realizada pelo MAPA. O pesquisador Fabiano Perina, da Embrapa, apresentou resultados de ensaios cooperativos realizados em quatro estados. As soluções desenvolvidas, como a rotação de fungicidas e estratégias regionais de controle, prometem reduzir perdas e fortalecer a competitividade do algodão brasileiro.

Indústria têxtil investe e enfrenta desafios

A indústria têxtil encerra 2024 com um desempenho positivo, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Houve crescimento na produção de têxteis (+3,6%) e vestuário (+1,7%), embora as exportações tenham caído 5,6%. Para 2025, o setor planeja aumentar investimentos em tecnologia e automação, mirando maior competitividade e sustentabilidade.

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