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Produção de leite cresce 3,1% em 2024, mas importações seguem elevadas

Avanço foi impulsionado por margens mais favoráveis aos produtores



Foto: Pixabay

A economia global segue impactada pela adoção de tarifas unilaterais pelos Estados Unidos, estratégia voltada para reduzir o déficit comercial do país. Esse movimento tem gerado volatilidade nos mercados internacionais e elevando o risco de recessão em economias centrais, o que pode refletir no Brasil. Segundo dados divulgados pelo Centro de Inteligência do Leite, a produção mundial de lácteos se ajusta à demanda, registrando um leve crescimento nos últimos meses. Isso resultou em uma estabilização nas cotações internacionais, após períodos de altas consecutivas. No último leilão do GDT (Global Dairy Trade), os preços médios atingiram USD 4.245/t, indicando um mercado mais equilibrado.

No Brasil, a economia segue em crescimento, com o Boletim Focus estimando alta de 2,0% para 2025. Indicadores de emprego e renda continuam positivos, fortalecendo o poder de compra da população e sustentando a demanda por leite e derivados. Contudo, fatores como inflação elevada, juros altos e incertezas na gestão fiscal podem afetar esse cenário.

A produção de leite inspecionada cresceu 3,1% em 2024, marcando o segundo ano consecutivo de expansão. Esse avanço foi impulsionado por margens mais favoráveis aos produtores e melhores termos de troca. No entanto, as importações seguem elevadas, pressionando o setor. A Argentina, por exemplo, tem aumentado suas exportações ao Brasil, favorecida por um ambiente econômico mais estável e pela remoção de barreiras comerciais.

Com a chegada da entressafra em março, a oferta de leite tende a diminuir nos próximos meses. O mercado spot já reflete essa menor disponibilidade, com preços em alta e forte demanda da indústria. Além disso, empresas adotam estratégias mais agressivas na captação de matéria-prima, o que pode impulsionar os valores pagos ao produtor.

O consumo de lácteos no Brasil se mantém aquecido, impulsionado pelo crescimento da renda das famílias. No entanto, os custos de produção elevados e a concorrência com o leite importado trazem desafios para o setor. A evolução do poder de compra da população será um fator-chave para a produção nacional em 2025.

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