Vale do São Francisco intensifica controle da mosca-das-frutas
Ataque da mosca-das-frutas pode comprometer até 30% da produção
O Vale do São Francisco, região frutícola do Brasil, vive o impacto crescente com a proliferação da mosca-das-frutas, especialmente dos gêneros Ceratitis e Anastrepha. A presença dessa praga ameaça a qualidade e o rendimento de culturas, como manga, uva, goiaba e citros, resultando em perdas econômicas e barreiras para a exportação.
Para solucionar os impactos da mosca-das-frutas, especialistas e produtores estão investido em uma abordagem integrada. Chris Nazário, engenheira agrônoma e coordenadora regional da Satis, destaca que o controle eficaz depende da combinação de métodos culturais, biológicos e, quando necessário, químicos. "A sustentabilidade e a segurança alimentar são pilares fundamentais no combate à praga", afirma.
Entre as práticas adotadas estão:
Controle Cultural: A coleta de frutos infestados impede a continuidade do ciclo de vida da mosca.
Armadilhas: Dispositivos com atrativos alimentares ou feromônios auxiliam no monitoramento e captura de insetos adultos.
Controle Biológico: A introdução de parasitoides tem sido uma ferramenta sustentável e eficaz.
Técnica do Inseto Estéril (TIE): Uma tecnologia avançada que libera machos estéreis para diminuir a reprodução da praga.
Impactos Econômicos e Ambientais
O ataque da mosca-das-frutas pode comprometer até 30% da produção, afetando diretamente a renda dos agricultores e elevando os custos com defensivos. Além disso, os mercados internacionais exigem rigor no controle de pragas, o que pode resultar na rejeição de cargas, prejudicando a exportação.