Cigarrinha-do-milho: detecção da praga preocupa produtores em Santa Catarina
Com as lavouras em estágio vegetativo, o manejo químico é a recomendação
O monitoramento da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) na safra 2024/25 em Santa Catarina chegou à 14ª semana, destacando a detecção frequente de vírus como rayado-fino e mosaico estriado, além do fitoplasma responsável pelo enfezamento vermelho. A pesquisa, conduzida pela Epagri, mostra que esses patógenos têm sido identificados desde o início das avaliações.
Segundo dados divulgados pela Epagri, a notícia positiva é a ausência do espiroplasma do enfezamento pálido na última semana. A pesquisadora, Cristina Canale Rappussi Da Silva, ressalta que a notícia é animadora, pois essa bactéria pode ser muito agressiva quando infecta a planta.
Com as lavouras em estágio vegetativo, o manejo químico continua sendo uma recomendação.
Cigarrinha-do-milho
A praga é vetora de doenças como o vírus do rayado fino e dois milicutes. Spiroplasma kunkelli (enfezamento pálido) e fitoplasma (enfezamento vermelho). A incidência das doenças está associada à alta densidade populacional de insetos infectivos o que ocorre no final do verão (plantios tardios). Também causa danos diretos pela sucção de seiva dos adultos e ninfas.
Conforme dados da seção Problemas do Portal Agrolink, o exame do cartucho pode comprovar a presença do inseto. A contaminação das plantas com as doenças somente pode ser comprovada pelo aparecimento dos sintomas.
Já em relação ao controle, é recomendado evitar o plantio de milho pipoca e milho doce em áreas com histórico recente de alta incidência dos enfezamentos dado à alta susceptibilidade da maioria dessas cultivares. Os métodos de controle mais eficientes são os culturais evitando-se a multiplicação do vetor em plantios sucessivos, erradicação de plantas voluntárias na área antes do plantio e uso de cultivares menos susceptíveis aos patógenos. Também pode ser utilizado o tratamento de semente com Inseticidas sistêmicos.