Milho internacional: exportações dos EUA crescem 32%
Na semana encerrada em 27 de fevereiro, os embarques totalizaram 1,35 milhão de t

As cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) tiveram nova queda no início de março, atingindo US$ 4,36/bushel no dia 4, o menor valor desde dezembro de 2024. Na quinta-feira (6), houve leve recuperação para US$ 4,49, mas ainda abaixo dos US$ 4,64 registrados uma semana antes.
Apesar da pressão sobre os preços, os Estados Unidos ampliaram suas exportações. Na semana encerrada em 27 de fevereiro, os embarques totalizaram 1,35 milhão de toneladas, mantendo o ritmo forte da temporada. No acumulado do ano comercial, o volume já soma 27,3 milhões de toneladas, alta de 32% em relação ao mesmo período do ano passado.
A demanda global segue aquecida, especialmente na Ásia e na União Europeia. No entanto, incertezas climáticas na América do Sul e tensões geopolíticas podem impactar os fluxos comerciais nos próximos meses.
No Brasil, os preços do milho seguem firmes devido à oferta restrita e estoques historicamente baixos. O indicador ESALQ/BM&FBovespa para Campinas-SP fechou fevereiro em R$ 87,00/saca, enquanto no Rio Grande do Sul a média ficou em R$ 66,91. A seca prejudicou menos a produção gaúcha de milho em comparação com a soja, já que o cereal foi colhido mais cedo.
A produção nacional de milho na safra de verão deve ficar em 26,5 milhões de toneladas, abaixo da projeção inicial de 28 a 29 milhões. A segunda safra, maior responsável pelo abastecimento interno e exportações, tem potencial de alcançar 102,1 milhões de toneladas. Com a terceira safra, a produção total pode chegar a 130 milhões de toneladas em 2024/25.
O plantio da safrinha já alcançou 80% da área esperada no Centro-Sul do Brasil, enquanto a colheita do milho verão atingiu 46%. No Paraná, a produtividade média é de 10.400 kg/ha, impulsionando a produção estadual para 18,7 milhões de toneladas. Em Mato Grosso do Sul, no entanto, a seca histórica pode comprometer a safra estimada em 11,8 milhões de toneladas.