Mercado de algodão em pluma segue lento no Brasil em meio a tensões comerciais globais
Mercado físico de algodão em pluma continua operando em ritmo lento

O mercado físico de algodão em pluma continua operando em ritmo lento no Brasil. Segundo informações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o cenário é agravado pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que vêm gerando incertezas e oscilações nos preços futuros da fibra no mercado internacional.
No ambiente doméstico, a entressafra tem sido marcada por uma forte disparidade nos valores e na qualidade dos lotes ofertados, o que limita a liquidez das negociações. De acordo com o Cepea, as médias de preços seguem oscilando em uma faixa estreita, refletindo o baixo dinamismo nas vendas.
Os compradores, por sua vez, se mantêm retraídos, com interesse voltado apenas à reposição de estoques. Já os vendedores permanecem firmes nas ofertas, priorizando o cumprimento de contratos a termo, o que contribui para o desaquecimento do mercado no curto prazo.
Nas exportações, os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), analisados pelo Cepea, mostram que o Brasil embarcou 239,06 mil toneladas de algodão em pluma em março deste ano. O volume representa queda de 13% em relação ao mês anterior e retração de 5,4% na comparação com março de 2024.