Plantio do arroz avança no Rio Grande do Sul
Replantio de arroz pode ser necessário em regiões afetadas por chuvas fortes
O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (31), aponta que o plantio de arroz no Rio Grande do Sul segue em ritmo adequado na maior parte do estado. Com um planejamento estratégico e semeadura dentro do período ideal, a cultura apresenta bom potencial de desenvolvimento, especialmente onde o clima tem colaborado. Entre as práticas de manejo adotadas estão o controle de plantas daninhas e a adubação de cobertura, realizados nos momentos apropriados para garantir um crescimento vigoroso.
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No entanto, nas regiões da Campanha, Sul e parte das Missões, as chuvas intensas e frequentes resultaram em atraso ou interrupção na semeadura, exigindo replantio em alguns locais. Nas áreas mais afetadas, também foram necessárias reconstruções de taipas e canais de irrigação para mitigar o impacto das enxurradas. A queda nas temperaturas após as chuvas, com registros abaixo de 10°C na fronteira com o Uruguai, pode prejudicar a germinação e o desenvolvimento inicial do arroz, aumentando o risco de falhas e dificultando as práticas de manejo.
O Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA) projeta que a área de cultivo de arroz para a safra atual alcance 948.356 hectares, enquanto a Emater/RS-Ascar estima uma produtividade média de 8.478 kg/ha.
Na Campanha, os temporais de 24 de outubro paralisaram o plantio, sendo necessários ajustes e possíveis replantios nas áreas mais impactadas. Em Dom Pedrito, chuvas de até 190 mm foram registradas, somando um acumulado anual que ultrapassa mil milímetros no município. Em outras áreas, como Alegrete e Maçambará, onde o clima teve menor impacto, a semeadura progrediu, atingindo 80% e 75% das áreas estimadas, respectivamente.
Na região de Pelotas, a semeadura foi retomada gradualmente após as chuvas, mas permanece abaixo do ritmo registrado em 2023. Já em Santa Maria, mais de 30% da área prevista foi plantada, com as lavouras em estágios de germinação ou desenvolvimento vegetativo. Em Cacequi, técnicas de manejo para controle de plantas invasoras foram implementadas, enquanto em Santa Rosa e Soledade, os produtores aguardam a diminuição da umidade para prosseguir com a semeadura.
Quanto à comercialização, o preço médio da saca de arroz no estado sofreu uma leve queda de 0,32% na semana, passando de R$ 116,32 para R$ 115,95.