A escassez de água nas zonas áridas, como em Piura, no Peru, tem afetado a agricultura, especialmente na produção de uvas e mangas, que enfrentam queda na qualidade e produtividade. De acordo com Maxwell Soares, Especialista Agronômico da Netafim, o fenômeno climático El Niño agrava esse cenário, tornando a gestão hídrica ainda mais desafiadora. No Brasil, o Vale do São Francisco, também dependente de irrigação, busca soluções para otimizar o uso da água.
A irrigação por gotejamento, aliada a ferramentas como sondas volumétricas e tensiômetros, oferece uma solução eficiente para a agricultura, permitindo monitoramento preciso da umidade do solo. O sistema operacional Growsphere™ da Netafim tem mostrado resultados positivos, permitindo aos produtores controlar a irrigação de forma mais assertiva, garantindo a umidade ideal sem desperdícios.
“Essas avaliações da umidade, aliadas à evapotranspiração, que é fornecida diariamente pela estação meteorológica, trazem resultados diretos nos seguintes parâmetros: manutenção da umidade do solo, boa aeração e economia no consumo de energia e água, que impactam diretamente nas finanças do produtor”, comenta.
Com essas tecnologias, os produtores conseguem reduzir o consumo de água e energia, economizando recursos e melhorando a rentabilidade. No Vale do São Francisco, o uso dessas ferramentas resultou em uma economia de até 47% no tempo de operação das bombas, refletindo em menor custo operacional.
“A seca histórica no Peru nos traz uma reflexão sobre como podemos ser mais assertivos no uso da água, um recurso finito, sem afetar a produção e a segurança alimentar da população. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), a população mundial em 2050 será de 9,7 bilhões de pessoas, um aumento de 18% em relação a 2024. Ferramentas como a irrigação por gotejamento e os sensores de umidade do solo permitem que os agricultores produzam mais com menos”, conclui.