Colheita de aveia cai 30,3% no Paraná
Rio Grande do Sul finaliza colheita de aveia
Segundo o 4º levantamento da safra de grãos 2024/25, apresentado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita da aveia-branca no Brasil, chegou ao fim no Rio Grande do Sul no mês de dezembro. A operação teve início em setembro, atingindo 1% da área cultivada, e seguiu com um ritmo crescente até dezembro, quando 2% das áreas restantes foram colhidas. A produtividade variou consideravelmente devido a fatores como o pacote tecnológico adotado pelos produtores e os eventos climáticos, que impactaram diretamente a cultura.
A semeadura da aveia teve início em maio, com término apenas em julho, o que resultou em um longo período para o plantio. Esse atraso foi causado pelas constantes e volumosas precipitações durante o período. Além disso, o desenvolvimento da cultura foi influenciado pelo excesso de chuvas no início do ciclo, especialmente nas regiões Oeste, Alto Uruguai, Missões e Fronteira Oeste, além de episódios de geadas e falta de radiação solar. A fumaça das queimadas no Centro-Oeste também afetou o crescimento das plantas.
De setembro a outubro, as chuvas, com volumes superiores a 200 mm em algumas regiões, coincidiram com a maturação das lavouras no Oeste e o florescimento e enchimento de grãos nas regiões mais a leste, como Planalto Médio e Superior. Esse cenário resultou em uma produção de aveia de produtividade variável, com a maior parte das lavouras registrando índices entre 2.100 kg/ha e 3.000 kg/ha. A produtividade média da safra 2024 foi de 2.361 kg/ha, representando um aumento de 26% em relação à safra anterior, mas 8% inferior à de 2022, o que gerou descontentamento entre os produtores.
Em relação à área cultivada, houve um pequeno ajuste de 0,1% em comparação ao levantamento anterior, com um total de 356,8 mil hectares plantados com aveia.
Já no Paraná, a cultura foi totalmente colhida. As condições climáticas desfavoráveis, com temperaturas elevadas e falta de chuvas em momentos críticos, impactaram negativamente a safra, que apresentou uma redução de 30,3% em relação ao ciclo anterior. O clima quente e a ocorrência de duas geadas prejudicaram ainda mais a produção. A colheita paranaense foi destinada à indústria de alimentação humana (produção de flocos) e alimentação animal (ração), além de parte da produção ser destinada à semeadura para o próximo ciclo.