China projeta alta na produção de soja
As importações para 2024-25 são consideradas estáveis
A previsão para o uso de oleaginosas no esmagamento em 2024-25 é de 137,3 milhões de toneladas - Foto: Pixabay
A produção de soja na China para 2024-25 é estimada em 19,9 milhões de toneladas, com uma área plantada de 9,95 milhões de hectares e previsão de importações em torno de 104 milhões de toneladas, segundo o Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) do Departamento de Agricultura dos EUA. Essa produção seria ligeiramente superior à estimativa de 19,7 milhões de toneladas de 2023-24. Com estoques iniciais em 36,4 milhões de toneladas, acima dos 31,8 milhões do ano anterior, o cenário indica uma oferta robusta, mesmo diante de uma leve redução na área plantada, atribuída aos preços baixos e à abundância da safra passada.
Apesar dos esforços chineses para subsidiar o plantio de soja, o consumo doméstico enfrenta desafios, com baixa demanda e falta de competitividade em relação à soja importada para esmagamento. A previsão para o uso de oleaginosas no esmagamento em 2024-25 é de 137,3 milhões de toneladas, refletindo uma recuperação na demanda por farelo de soja, essencial no setor de ração. O uso de farelo para ração deve chegar a 102,7 milhões de toneladas, com farelo de soja representando mais de 74% dessa demanda, seguido pelo farelo de colza.
As importações para 2024-25 são consideradas estáveis, devido à demanda crescente por farelo de soja e aos preços atrativos, o que incentiva as indústrias a manter níveis elevados de estoque. Com uma capacidade de armazenamento superior a 700 milhões de toneladas, a China está bem equipada para atender suas metas de segurança alimentar. O Brasil permanece como o principal fornecedor de soja, com uma participação de 74%, enquanto os Estados Unidos competem com um preço médio de importação superior ao do Brasil, afetando sua fatia de mercado.
