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Agronegócio: Financiamento em baixa e inovação em alta

Outro ponto relevante da pesquisa é a adoção de novas tecnologias



Por fim, o estudo também revela que os agricultores planejam aumentar os investimentos em calcário (18%) e manter os investimentos em defensivos (79%) Por fim, o estudo também revela que os agricultores planejam aumentar os investimentos em calcário (18%) e manter os investimentos em defensivos (79%) - Foto: Canva

Uma pesquisa recente realizada pela Fiesp com 514 produtores agropecuários de todo o Brasil revela que uma parcela significativa dos agricultores e pecuaristas não pretende buscar financiamento para a próxima safra. De acordo com o levantamento, 29% dos agricultores e 35% dos pecuaristas preferem utilizar recursos próprios em vez de recorrer a crédito. Entre os principais motivos para essa decisão estão os obstáculos na obtenção de financiamento, como as altas taxas de juros (apontadas por 54% dos entrevistados) e as exigências burocráticas e processos de aprovação lentos (mencionados por 23%).

O estudo também indica que a maioria dos produtores já recorreu a algum tipo de financiamento na última safra, com 69% dos agricultores e 52% dos pecuaristas buscando crédito, principalmente para a aquisição de insumos e equipamentos. Desses, 33% obtiveram recursos em bancos oficiais, 17% em bancos privados, 15% em revendas e 13% em cooperativas de crédito.

Outro ponto relevante da pesquisa é a adoção de novas tecnologias. O Monitor de Tendências do Agronegócio Brasileiro apontou que os custos iniciais elevados e o custo do crédito são os maiores desafios para os produtores ao investir em inovações. Entre os agricultores, a análise de dados e os bioinsumos estão entre as tecnologias mais adotadas, enquanto os pecuaristas têm investido principalmente em nutrição animal. Além disso, 58% dos produtores são considerados adotantes intermediários de tecnologia, enquanto 20% são pioneiros.

Por fim, o estudo também revela que os agricultores planejam aumentar os investimentos em calcário (18%) e manter os investimentos em defensivos (79%), ao mesmo tempo em que os pecuaristas tendem a investir na recuperação de pastagens (28%) e manter o gasto com concentrados (70%). A pesquisa foi encomendada pelo Departamento do Agronegócio da Fiesp à Kynetec Brasil e visa identificar tendências, necessidades e fornecer subsídios para o planejamento estratégico das agroindústrias.
 

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