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Crédito de carbono ganha espaço na agricultura

Crédito de carbono está ganhando destaque como uma ferramenta para sustentabilidade



Foto: Canva

O crédito de carbono está ganhando destaque como uma ferramenta estratégica para impulsionar a sustentabilidade na agricultura brasileira e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Além de incentivar práticas mais ecológicas, o mecanismo transforma a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em oportunidades econômicas, atraindo produtores rurais e investidores para o setor.

A agricultura é responsável por uma parcela significativa das emissões globais de GEE, com destaque para o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O). Práticas tradicionais, como o uso intensivo de fertilizantes e a pecuária convencional, contribuem para essas emissões. Nesse contexto, os créditos de carbono surgem como um estímulo à adoção de modelos produtivos sustentáveis, incluindo a agricultura regenerativa, que melhora a qualidade do solo e captura carbono da atmosfera.

No Brasil, o Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) é referência na promoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o plantio direto. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a iniciativa já evitou a emissão de cerca de 150 milhões de toneladas de CO2 equivalentes desde 2010.

A técnica ILPF integra agricultura, pecuária e silvicultura em uma mesma área, promovendo maior produtividade e capturando carbono no solo e na vegetação. Estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indicam que sistemas ILPF podem sequestrar até 10 toneladas de CO2 por hectare ao ano, tornando-se aliados cruciais na redução das emissões.

Os créditos de carbono também oferecem vantagens financeiras. Agricultores que adotam práticas sustentáveis podem comercializar esses créditos em mercados específicos, obtendo renda adicional e ampliando sua competitividade. Além dos ganhos financeiros, essas práticas favorecem a recuperação dos solos, aumentam a biodiversidade e tornam as lavouras mais resistentes às mudanças climáticas, fortalecendo a segurança alimentar e a estabilidade produtiva.

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