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Atualização dos impactos dos incêndios na cana

O balanço da ORPLANA revela que foram identificados mais de 2.300 focos de incêndio


“Temos reuniões constantes com o gabinete de crise do governo de São Paulo para tratar sobre as queimadas" “Temos reuniões constantes com o gabinete de crise do governo de São Paulo para tratar sobre as queimadas" - Foto: Pixabay

Recentemente, a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (ORPLANA) emitiu uma nota destacando os graves impactos dos incêndios que devastaram áreas de cultivo de cana-de-açúcar em São Paulo e outras regiões do Brasil. Os incêndios registrados entre os dias 24 e 25 de agosto e as ocorrências subsequentes até 4 de setembro resultaram em mais de 100 mil hectares queimados, com um prejuízo estimado em mais de R$ 800 milhões.

O balanço da ORPLANA revela que foram identificados mais de 2.300 focos de incêndio, que afetaram extensas áreas de cana e áreas de rebrota. Esse cenário prejudicou a qualidade da matéria-prima e a produção, sem contar as áreas de preservação permanente e pastagens, que não foram incluídas na contagem.

José Guilherme Nogueira, CEO da ORPLANA, alertou que a recuperação das plantações depende crucialmente das chuvas, que ainda são incertas para o futuro próximo. “Com a ausência de água, a rebrota da cana será difícil. Apesar de ser cedo para avaliar o impacto na próxima safra, esperamos que as chuvas de final de ano ajudem na recuperação”, comentou Nogueira.

A situação levou o Ministério da Agricultura a anunciar uma linha de crédito destinada ao replantio das áreas afetadas. Este recurso é visto como essencial para ajudar os produtores a cobrir os custos elevados relacionados ao replantio e à eliminação das soqueiras, que podem chegar a R$ 13,5 mil. O crédito permitirá que os produtores enfrentem as despesas, muitas vezes divididas ao longo de duas ou três safras.

“Temos reuniões constantes com o gabinete de crise do governo de São Paulo para tratar sobre as queimadas e os eventos climáticos severos que têm acometido os produtores de cana, como a baixa umidade do ar; pouquíssima chuva; ventos fortes; e, infelizmente, a ignição tem sido ainda ações humanas”, comenta Nogueira.
 

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