EUA apresentam perspectivas estáveis para o mercado de trigo
O comércio global de trigo sofreu uma redução de 1,7 milhão de toneladas
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu mais recente boletim de estimativas para a oferta e demanda agrícola global, com destaque para o trigo. A perspectiva para a safra 2024/25 nos Estados Unidos indica suprimentos ligeiramente maiores, uso doméstico e exportações estáveis, além de estoques finais levemente ampliados. No cenário global, os estoques também aumentaram, embora o consumo e o comércio tenham registrado ligeira queda.
Para os Estados Unidos, os suprimentos de trigo foram revisados para cima, com importações estimadas em 130 milhões de bushels, cinco milhões a mais que no mês anterior. Esse crescimento é atribuído ao aumento no Hard Red Spring, uma das principais classes de trigo norte-americano.
O uso doméstico, dividido entre alimentação animal, uso residual e sementes, permanece quase inalterado. O uso de sementes foi ajustado para 64 milhões de bushels, conforme dados do relatório de sementes de trigo de inverno e canola da National Agricultural Statistics Service (NASS).
As exportações seguem estimadas em 850 milhões de bushels, com alterações compensatórias por classe. Os estoques finais foram ajustados para 798 milhões de bushels, representando um aumento de 15% em relação ao ciclo anterior. O preço médio de comercialização foi ligeiramente reduzido para US$ 5,55 por bushel, refletindo tanto os preços futuros quanto os valores à vista projetados para o restante do período.
No âmbito internacional, os estoques de trigo devem alcançar 258,8 milhões de toneladas, um aumento de 0,9 milhão em relação à estimativa anterior. Essa alta é impulsionada por aumentos nos estoques da Rússia, Brasil, Nigéria e Ucrânia, que superaram as reduções na Turquia, China e Indonésia.
Os suprimentos globais de trigo foram ajustados para 1.060,7 milhões de toneladas, com uma leve alta de 0,4 milhão, devido à maior produção na Síria e no Paquistão, que compensaram a redução no Uruguai. Por outro lado, o consumo global foi reduzido em 0,6 milhão de toneladas, totalizando 801,9 milhões, com destaque para a queda no consumo turco, parcialmente compensada pela Ucrânia.
O comércio global de trigo sofreu uma redução de 1,7 milhão de toneladas, totalizando 212 milhões. As exportações russas foram revisadas para baixo, alcançando 46 milhões de toneladas, um milhão a menos do que o estimado anteriormente e significativamente abaixo do recorde de 55,5 milhões registrado no ano passado.