Por que usar silo bolsa? 

O Brasil enfrenta um déficit significativo na capacidade de armazenagem de grãos, estimado pela Conab e pelo IBGE em 110 milhões de toneladas, podendo chegar a 170 milhões até 2030. Enquanto a produção agrícola cresce 5% ao ano, a capacidade de armazenamento aumenta apenas 3%, criando um descompasso que exige soluções rápidas e eficientes.  

Nesse contexto, o silo bolsa surge como uma alternativa provisória para atender à demanda imediata durante a construção de estruturas permanentes. Com capacidade média de até 200 toneladas, é de fácil instalação, necessitando apenas de área compactada e equipamentos específicos, como embolsadeiras e desembolsadeiras. Segundo o engenheiro agrícola Tadeu Vino, o silo bolsa é ideal para armazenar grãos como milho, soja, trigo, sorgo e arroz, além de silagem, garantindo proteção e flexibilidade em períodos de alta colheita.  

“A parceria entre a Nortène e fabricantes de silos estáticos reforça a importância de oferecer soluções complementares, permitindo que os produtores utilizem silos bolsa enquanto aguardam a conclusão de suas estruturas permanentes”, explica.

Embora não substitua os silos estáticos, a solução ajuda produtores a evitar perdas enquanto aguardam a conclusão de projetos permanentes, cuja construção pode levar até 14 meses. Vino destaca a importância do uso correto, incluindo grãos secos e limpos, e o monitoramento da temperatura e umidade para preservar a qualidade.  

Sua adoção é crescente, especialmente no Centro-Oeste, devido à expansão agrícola. Apesar da falta de incentivos diretos para aquisição, programas como o Moderfrota têm viabilizado o uso dessa tecnologia estratégica, que combina custo-benefício e eficiência, permitindo maior controle sobre a produção e melhores negociações no mercado.

 “A tecnologia é uma solução que combina custo-benefício, rapidez e eficiência, permitindo ao produtor maior controle sobre sua safra e oportunidades para melhores negociações no mercado”, conclui Vino.