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Preços do trigo apresentam recuos e ajustes

No Paraná, vendedores focam em liberar armazéns para o recebimento da safra



Foto: Divulgação

De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Sul do Brasil segue ajustado, refletindo oscilações no dólar e movimentações específicas nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. No Rio Grande do Sul, os preços recuaram levemente no porto devido à queda do dólar, com cotações de trigo Milling para entrega em fevereiro marcando R$ 1.350,00 por tonelada, R$ 20,00 a menos que no dia anterior, sem registros de novos negócios. No mercado interno, moinhos locais já garantiram posições de janeiro e agora avaliam ofertas para fevereiro e março, com preços entre R$ 1.250,00 e R$ 1.300,00 por tonelada, dependendo da qualidade do trigo.  

Em Santa Catarina, o recuo do dólar favoreceu o interesse por trigo importado. As ofertas locais, entretanto, registraram aumento de 18,75% em relação ao início de dezembro, com preços de R$ 1.425,00 a R$ 1.450,00 FOB em diversas regiões do estado. Apesar disso, o destaque recai sobre o trigo importado, que atinge R$ 1.700,00 no porto e até R$ 1.800,00 no interior. Os preços pagos aos triticultores mantiveram-se estáveis, variando de R$ 68,00 a R$ 73,00 por saca dependendo da localidade.  

No Paraná, vendedores focam em liberar armazéns para o recebimento da safra de milho-verão e soja. Apesar disso, o mercado permanece travado, com pedidos de R$ 1.500,00 por tonelada no norte do estado e compradores oferecendo até R$ 1.450,00. No oeste e sudoeste, os preços do trigo de boa qualidade já competem diretamente com os do produto gaúcho. As importações continuam sendo uma alternativa, com preços entre US$ 280,00 e US$ 290,00 por tonelada, apesar dos altos custos de demurrage, que chegam a US$ 15 mil por dia em Paranaguá.  

O lucro médio dos triticultores no Paraná avançou para 5,77%, com o preço médio da saca apurado pelo Deral subindo 0,34%, para R$ 72,64, enquanto o custo de produção caiu levemente para R$ 68,68. Esses ajustes indicam um cenário desafiador, mas com possibilidades de ganho em determinadas regiões e condições de mercado.
 

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