Mercado de trigo permanece lento
No Paraná, o foco dos vendedores tem sido esvaziar armazéns
De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Sul do Brasil segue em ritmo lento, com compradores e vendedores aguardando maior clareza nas tendências de preço. No Rio Grande do Sul, os moinhos locais já possuem suas posições de janeiro cobertas e começam a negociar para fevereiro e março.
As indicações de compra para o interior variam entre R$ 1.250,00 e R$ 1.300,00, dependendo da qualidade do trigo. No porto, os preços para entrega em fevereiro e pagamento no mesmo mês chegaram a R$ 1.350,00, refletindo uma redução de R$ 20,00/t em relação ao dia anterior. O preço da pedra em Panambi permanece em R$ 65,00/saca.
Em Santa Catarina, as ofertas locais estão entre R$ 1.400 e R$ 1.500/t, dependendo da região. A presença de trigo importado também tem gerado movimentação no mercado, com preços que chegam a R$ 1.700 no porto e R$ 1.800 no interior. Os preços pagos aos triticultores catarinenses nesta semana mantiveram-se estáveis, variando entre R$ 68,00 e R$ 73,00/saca, conforme a localidade.
No Paraná, o foco dos vendedores tem sido esvaziar armazéns para receber as novas safras de milho-verão e soja. As negociações continuam travadas devido à diferença entre as ofertas dos vendedores e as possibilidades dos compradores. No norte do estado, o trigo foi negociado a R$ 1.450/t para desocupar estoques, enquanto no oeste e sudoeste os preços são um pouco menores, mas apresentam maior competitividade em relação ao trigo gaúcho.
O trigo importado está sendo negociado a US$ 280-290/t, mas enfrenta desafios com alta demurrage em Paranaguá, onde um navio, atracado desde o dia 4, gera custos diários de US$ 12-15 mil. No mercado interno, o trigo branqueador é indicado a R$ 1.650/t CIF no Paraná, mas os moinhos não compram, com os últimos negócios realizados a R$ 1.700/t FOB no diferido.