Resistência ao glifosato e alta disseminação: por que o caruru preocupa o produtor?
Controle deve iniciar antes do plantio
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A rápida disseminação do caruru nas lavouras do Rio Grande do Sul tem preocupado os produtores rurais. A planta daninha, que já apresenta resistência a herbicidas como o glifosato, compromete a produtividade da soja ao competir por luz, água e nutrientes.
Segundo João Tomás, gerente de marketing regional da Ihara, o problema se agrava quando medidas preventivas não são adotadas. “Um dos principais motivos para a disseminação do caruru é a falta de herbicidas eficazes. Com a resistência ao glifosato, o controle se torna ineficiente, e essa planta tem um alto poder de propagação. Basta que uma ou duas fiquem na lavoura para que, na safra seguinte, formem um banco de sementes prejudicial ao agricultor”, alerta Tomás.
Além das dificuldades no controle, as perdas são expressivas. A presença da planta daninha reduz significativamente o rendimento das lavouras, já que a competição com a soja se inicia logo na germinação. O especialista reforça que a estratégia de controle deve começar antes do plantio, com o uso de herbicidas pré-emergentes.
“Deixar para controlar o caruru apenas na fase pós-emergente já coloca o produtor em desvantagem. Quando a soja germina junto com a planta daninha, começa a disputa por água, luz e fertilizantes. O produtor investiu no adubo para a soja, mas, se não fizer o manejo adequado, quem aproveita é o caruru”, explica.
Uma alternativa eficiente é o uso de herbicidas pré-emergentes que eliminem o caruru antes mesmo do plantio da soja. Dessa forma, a cultura principal cresce sem competição e pode expressar seu máximo potencial produtivo.
“Quando utilizamos um bom pré-emergente,, garantimos que a soja se desenvolva sem interferências. Isso impacta diretamente na produtividade e, no final, significa mais rentabilidade para o produtor”, enfatiza Tomás.
Diante do avanço da resistência das plantas daninhas, o manejo preventivo se torna indispensável. Além da escolha do herbicida adequado, o monitoramento constante e a rotação de culturas são práticas essenciais para conter a disseminação do caruru e evitar prejuízos ainda maiores nas próximas safras.