2024/25: Brasil pode produzir até 130 milhões de toneladas de milho
Exportações brasileiras de milho somaram 3,6 milhões de toneladas em janeiro

O mercado brasileiro do milho segue em alta devido à redução na safra de verão e estoques limitados. Segundo a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA) referente a semana de (28/02 a 06/03), os preços variam entre R$ 68,00 e R$ 87,00/saca nas principais regiões produtoras. Em Campinas (SP), o indicador ESALQ/BM&FBovespa registrou R$ 87,00/saca no final de fevereiro, enquanto a média no Rio Grande do Sul fechou em R$ 66,91/saca. Apesar da seca no estado gaúcho, a colheita do milho foi antecipada, reduzindo impactos climáticos. Até o final de fevereiro, 64% da área plantada no RS já havia sido colhida, dentro da média histórica.
De acordo com a Conab, os estoques nacionais de milho seguem limitados. O volume de passagem registrado em janeiro de 2025 foi de 2,1 milhões de toneladas, uma queda de 70% em relação ao mesmo período de 2024. A estimativa para a safra de verão foi revisada para 26,5 milhões de toneladas, abaixo das previsões iniciais de 28 a 29 milhões. No entanto, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram boas produtividades, o que ajudou a mitigar perdas.
Quanto a segunda safra de milho, que depende das condições climáticas, tem previsão de 102,1 milhões de toneladas, podendo elevar a produção total do Brasil em 2024/25 para 130 milhões de toneladas, considerando a terceira safra. No início de março, 80% da área prevista para a safrinha já havia sido plantada no Centro-Sul do país. No Mato Grosso, o plantio atingiu 85% da área, enquanto a colheita do milho de verão alcançou 46% na mesma região.
No Paraná, a produtividade média da safra de verão é de 10.400 kg/hectare, com produção estimada em 2,8 milhões de toneladas, um aumento de 11% sobre 2024. A segunda safra no estado tem 65% da área plantada, e a produção total pode chegar a 18,7 milhões de toneladas.
No Mato Grosso do Sul, um dos estados mais afetados pela seca, a expectativa de colheita da safrinha é de 11,8 milhões de toneladas, apesar das chuvas abaixo da média. Goiás, Minas Gerais e parte de São Paulo já começam a sentir os efeitos da estiagem.
As exportações brasileiras de milho somaram 3,6 milhões de toneladas em janeiro, uma queda em relação às 4,8 milhões de toneladas exportadas no mesmo mês de 2024. O Porto de Santos (SP) liderou os embarques, respondendo por 45% do volume, seguido pelos portos da região Norte (31,3%), São Francisco do Sul (SC) (15,6%) e Paranaguá (PR) (6%).