Revisão de cercas pós-incêndio: Medidas cruciais
As altas temperaturas dos incêndios danificam os mourões de madeira
Os incêndios de 2024 no Brasil causaram perdas devastadoras para o agronegócio, destruindo aproximadamente 2,8 milhões de hectares e gerando prejuízos superiores a R$ 14 bilhões, conforme dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo Vanessa Amorim, médica-veterinária e analista de mercado agro da Belgo Arames, além de prejudicar a produção agrícola, o fogo afetou severamente a infraestrutura das propriedades, especialmente as cercas, essenciais para a organização e segurança do gado.
As altas temperaturas dos incêndios danificam os mourões de madeira e os arames das cercas, reduzindo sua resistência e durabilidade. Mesmo sem queimarem completamente, os arames perdem suas propriedades químicas, comprometendo sua funcionalidade. Cercas danificadas não apenas aumentam o risco de fuga dos animais, mas também expõem as propriedades a maiores riscos de incêndio, caso o fogo se propague com facilidade. Essa situação já causou a morte de milhares de animais durante a recente onda de incêndios.
Com a chegada das chuvas, é fundamental que os produtores realizem uma vistoria detalhada das cercas. A primeira medida preventiva é manter aceiros limpos, especialmente próximos a estradas e áreas florestais, para evitar a propagação do fogo. Também é importante verificar a estabilidade dos mourões e arames, removendo a vegetação que possa alimentar as chamas. Quando necessário, a substituição das cercas danificadas por materiais de qualidade, como arames com camada pesada de zinco, é a melhor opção para garantir maior resistência e durabilidade.