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Produção de tomates cresce no Brasil, mas preços caem

Goiás e São Paulo lideram a produção nacional


Foto: Divulgação

Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 26 de julho a 1º de agosto, desenvolvido pelo Departamento de Economia Rural (Deral), a produção de tomates no Brasil continua a crescer, mas os preços estão em queda. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) para o mês de junho reporta uma área plantada de 56,8 mil hectares, resultando em uma produção de 4,3 milhões de toneladas.

Goiás e São Paulo lideram a produção nacional, com 14,9 mil hectares e 1,4 milhões de toneladas, e 12,0 mil hectares e 1,0 milhão de toneladas, respectivamente. Juntos, esses estados representam 47,3% da área cultivada e 57,4% da produção nacional, destacando-se por suas altas produtividades de 94,5 t/ha em Goiás e 86,8 t/ha em São Paulo, superiores à média nacional de 75,0 t/ha.

O Paraná, por sua vez, ocupa a quarta posição no ranking nacional, cultivando 4,2 mil hectares e produzindo 255,8 mil toneladas, com uma produtividade de 60,9 t/ha. A primeira safra 2023/2024 no estado já está praticamente colhida, totalizando 145,8 mil toneladas, um aumento de 1,0% em relação à safra anterior. A segunda safra está 84,0% colhida e projeta-se uma produção de 109,3 mil toneladas, 16,0% superior ao ano anterior.

Apesar do aumento na produção, os tomaticultores enfrentam uma queda nos preços. No início do ano, o preço do tomate estava em R$ 4,06/kg, subindo para R$ 4,79/kg em março, mas encerrando julho a R$ 3,02/kg. No atacado, nas Centrais de Abastecimento de Curitiba (CEASA/PR), os preços variaram de R$ 5,80/kg em janeiro a R$ 7,38/kg em junho para o Tomate Extra AA Longa Vida, com uma cotação atual de R$ 4,00/kg. No varejo paranaense, os preços caíram de R$ 8,44/kg no início do ano para R$ 6,42/kg em julho, com um pico de R$ 9,72/kg em junho.

Esses dados refletem uma redução de 25,7% nos preços ao agricultor, 31,0% no atacado e 23,9% no varejo nos primeiros sete meses do ano. As condições climáticas, com excesso de chuvas na primavera e ondas de calor desde o início dos plantios, impactaram a qualidade do produto final e contribuíram para a oscilação dos preços.

Com o clima influenciando o mercado, o histórico de preços elevados em abril foi deslocado para junho, e as reduções gradativas já são observadas nos preços ao consumidor final.

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