Exportações de pato e peru somam US$ 165 milhões
"Há boas expectativas com relação ao fluxo de embarques em 2025"
As exportações brasileiras de carnes de peru e pato, segmentos considerados de alto valor agregado, apresentaram resultados distintos em 2024, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Enquanto as vendas externas de carne de peru registraram queda tanto em volume quanto em receita, o mercado de carne de pato obteve crescimento no volume embarcado, mas enfrentou redução na receita gerada.
No caso da carne de peru, os embarques totalizaram 64,1 mil toneladas, uma retração de 8,1% em relação às 69,8 mil toneladas exportadas em 2023. A receita, por sua vez, apresentou uma queda mais acentuada, de 23,4%, fechando o ano em US$ 153,9 milhões, contra os US$ 201 milhões registrados no ano anterior. Entre os principais destinos, o México liderou com 9,8 mil toneladas (-39%), seguido pela África do Sul (9,5 mil toneladas, -27%) e pelos Países Baixos (8,6 mil toneladas, -20%). Por outro lado, o Chile se destacou positivamente, com um aumento de 56%, alcançando 7 mil toneladas importadas.
Já as exportações de carne de pato atingiram 3,551 mil toneladas, representando um leve aumento de 1,3% em comparação às 3,507 mil toneladas embarcadas em 2023. Apesar disso, a receita gerada caiu 12,7%, totalizando US$ 11,9 milhões. Os Emirados Árabes Unidos foram os maiores compradores, com 1.524 toneladas adquiridas, um crescimento expressivo de 66%. Outros destinos relevantes incluíram Arábia Saudita, Catar, Chile e Kuwait, que apresentaram variações mistas nos volumes importados.
“Os dois setores avícolas somaram para o país US$ 165 milhões em receitas cambiais, e há boas expectativas com relação ao fluxo de embarques em 2025, especialmente para a Europa e Oriente Médio”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.