Soja fecha em forte alta em Chicago após pausa tarifária
A alta foi motivada pela publicação de Trump em suas redes sociais

Segundo informações da TF Agroeconômica, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a quarta-feira (data da publicação original) com forte valorização, impulsionados por uma decisão inesperada do ex-presidente Donald Trump. O contrato de soja para maio, referência para a safra brasileira, subiu 2,01%, ou 20,00 cents/bushel, fechando a US$ 1.012,75. Já o contrato de julho avançou 1,94%, encerrando a US$ 1.023,50. O farelo de soja para maio teve alta de 1,20%, a US$ 294,50 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja subiu 2,78%, a US$ 46,19 por libra-peso.
A alta foi motivada pela publicação de Trump em suas redes sociais, na qual anunciou a imposição de uma tarifa de 125% à China, mas também uma “pausa de 90 dias” para as tarifas de outros países, com aplicação imediata de uma tarifa recíproca reduzida de 10%. Essa sinalização de trégua comercial foi bem recebida pelos mercados internacionais, levando à reversão de perdas registradas anteriormente nos preços do complexo soja.
Outro fator de impulso foi a venda extra de soja e farelo para um “destino desconhecido”, o que aumentou a percepção de demanda no curto prazo. Esse movimento também serviu para recuperar parte das perdas recentes no mercado, reforçando o sentimento de otimismo momentâneo entre os investidores.
Apesar do cenário positivo do dia, a TF Agroeconômica destaca a elevada volatilidade do mercado, que torna qualquer previsão sobre a direção futura dos preços extremamente incerta. A preocupação com as intenções de plantio da safra 2025/2026 nos Estados Unidos segue no radar, especialmente após o USDA estimar uma redução de 4,14% na área plantada em relação ao ciclo anterior — projeção que ainda poderá sofrer ajustes nos próximos relatórios.