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O que fazer com o trigo?  

A consultoria recomenda que moinhos aproveitem o momento



A consultoria recomenda que moinhos aproveitem o momento A consultoria recomenda que moinhos aproveitem o momento - Foto: Divulgação

Segundo informações da TF Agroeconômica, os preços do trigo no Brasil devem reagir antes mesmo das cotações em Chicago. Isso se deve à safra menor no país, que aumentará a necessidade de importações, e ao dólar elevado, que está 23,11% acima do valor registrado no mesmo período de 2023. Enquanto isso, os estoques elevados nos Estados Unidos (21,71 milhões de toneladas, conforme o último relatório do USDA) continuam pressionando as cotações em Chicago, embora esperem-se altas entre junho e agosto devido à menor produção no Mar Negro.  

A consultoria recomenda que moinhos aproveitem o momento para adquirir matéria-prima física ou contratos futuros, visando mitigar custos futuros com a provável elevação dos preços internos. Além disso, sugere evitar vendas programadas de farinha, que podem limitar ajustes de preços necessários. Para cooperativas, cerealistas e agricultores que ainda possuem trigo disponível, a orientação é aguardar por altas no mercado. Estudos personalizados estão disponíveis para auxiliar na decisão do momento ideal de venda.  

Entre os fatores de alta, destacam-se o clima adverso nos EUA, que ameaça as safras de inverno; a redução das exportações na região do Mar Negro, impulsionada por restrições governamentais e menor oferta; e a produção reduzida no Brasil (-2,6%, segundo a Conab), que deverá levar a um aumento nas importações em 2024. Estima-se que o volume importado alcance 6,65 milhões de toneladas, superando as 5,50 milhões de 2023, com impactos nos preços a partir da segunda quinzena de fevereiro, quando a safra interna se esgotará.  

Já os fatores de baixa incluem o dólar forte, que prejudica a competitividade das exportações americanas; a entrada de maiores volumes de grãos da Argentina e Austrália; e os estoques elevados nos EUA, que seguem limitando altas na CBOT. No Brasil, as compras antecipadas de moinhos para janeiro e fevereiro e as vendas programadas de farinha a preços fixos também retardam aumentos significativos no mercado interno.
 

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