Fixação de nitrogênio reduz custos da soja
A inoculação pode substituir totalmente a necessidade de adubação nitrogenada
A fixação biológica de Nitrogênio é um processo natural que ocorre com a ajuda de bactérias chamadas risóbios, que vivem em simbiose nas raízes de algumas plantas cultivadas. Segundo o Instituto BioSistêmico (IBS), essas bactérias capturam o Nitrogênio do ar e o transformam em formas aproveitáveis para a nutrição vegetal.
Além disso, estimulam o crescimento das raízes, melhorando a absorção de nutrientes e água. Em troca, as plantas fornecem abrigo e alimento aos microrganismos, promovendo uma relação benéfica para ambas as partes.
No Brasil, a inoculação de sementes pode substituir totalmente a necessidade de adubação nitrogenada na cultura da soja, fornecendo até 300 quilos de nitrogênio por hectare a um custo reduzido para o agricultor. Na safra 2021/22, por exemplo, o investimento médio na inoculação foi de apenas R$ 25 por hectare. Além do aspecto econômico, a tecnologia tem um impacto ambiental positivo, pois evita a poluição dos recursos hídricos associada ao uso excessivo de fertilizantes nitrogenados.
Para garantir bons resultados com a inoculação, alguns cuidados são essenciais. Primeiramente, deve-se escolher produtos registrados no MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) e verificar sua compatibilidade com defensivos químicos. O armazenamento também é fundamental: o inoculante deve ser mantido em local fresco e bem ventilado, longe de agrotóxicos e fertilizantes.
Na aplicação, o produtor pode optar por diferentes métodos, como tratamento de sementes, aplicação no sulco ou em área total nos primeiros dias de crescimento da soja. Para maximizar a eficiência, é essencial seguir a dose recomendada pelo fabricante, evitar a exposição das sementes inoculadas ao calor e realizar a aplicação no dia do plantio.