Preços do milho caem na B3 e em Chicago
Relatório do USDA teve influência

O mercado de milho registrou queda nesta terça-feira (11), refletindo o avanço da safra no Brasil e a revisão das projeções de exportação pelo USDA, conforme análise da TF Agroeconômica. Na Bolsa Brasileira (B3), os contratos futuros recuaram acompanhando a desvalorização do dólar e os dados do relatório de oferta e demanda, que foram negativos para o cereal.
Apesar de manter a estimativa de produção brasileira em 126 milhões de toneladas, o USDA reduziu a previsão de exportações de 46 para 44 milhões de toneladas. Além disso, o progresso na colheita pressionou os preços, com a Conab indicando que o plantio do milho safrinha atingiu 83,1% da área planejada, enquanto a colheita da primeira safra avançou para 34,5% da superfície apta.
Os preços futuros na B3 encerraram em baixa, com destaque para os contratos de maio/25, que caíram 3% e ficaram abaixo de R$ 80,00. O vencimento de março/25 fechou a R$ 87,46, recuando R$ 0,39 no dia, mas acumulando alta de R$ 0,76 na semana. Já o contrato de maio/25 caiu R$ 2,46 no dia, encerrando a R$ 79,55, com baixa semanal de R$ 2,88. O vencimento de julho/25 seguiu a tendência negativa, fechando a R$ 71,86, com queda diária de R$ 2,38 e semanal de R$ 1,70.
Em Chicago, o milho também fechou em baixa após o USDA não realizar os cortes esperados nos estoques finais dos EUA. A cotação de maio, referência para a safra de verão brasileira, recuou 0,37%, ou 1,75 centavos de dólar por bushel, fechando a US$ 470,25. O contrato de julho caiu 0,31%, ou 1,50 centavos de dólar, encerrando a US$ 477,00. O relatório do USDA manteve os estoques finais dos EUA em 39,12 milhões de toneladas, contrariando as expectativas de queda para 38,51 milhões de toneladas.
Outro fator de pressão foi a revisão para baixo das importações chinesas, reduzidas de 10 para 8 milhões de toneladas, muito abaixo das 23,41 milhões de toneladas adquiridas no ciclo 2023/24. O mercado também segue atento à escalada tarifária global, que pode impactar o comércio internacional do cereal nos próximos meses.