Safra latina derruba soja em Chicago
Esse cenário foi intensificado pela forte desvalorização do Real frente ao Dólar
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De acordo com informações da TF Agroeconômica, os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia em baixa nesta quarta-feira (18), impactados por perspectivas positivas para a safra da América Latina. O contrato de janeiro, referência para a safra brasileira, caiu 2,56%, ou 25 cents/bushel, fechando a $951,75. Já o contrato de março registrou uma desvalorização de 2,63%, encerrando a $953,00. Também foram observadas quedas nos contratos de farelo e óleo de soja para janeiro, de 2,54% e 2,68%, respectivamente, com o farelo fechando a $279,90/ton curta e o óleo a $39,53/libra-peso.
O principal fator que pressionou os preços foi a expectativa de uma safra robusta nos países do Mercosul, incluindo Brasil, Argentina e Paraguai. Juntas, essas nações podem adicionar até 20 milhões de toneladas de soja ao mercado internacional, ampliando a oferta e reduzindo as cotações. Esse cenário foi intensificado pela forte desvalorização do Real frente ao Dólar, que favorece as exportações brasileiras, tornando a soja do Brasil mais competitiva no mercado global.
Outro elemento que contribuiu para o recuo dos preços foi a redução das importações mensais de soja pela China em novembro, conforme apontado pelo governo chinês. Apesar disso, o volume acumulado de importações no ano ainda supera o de 2023, o que sugere que a demanda continua aquecida, mas com oscilações pontuais.
As quedas observadas nesta quarta-feira marcam o quarto dia consecutivo de desvalorização para a oleaginosa, levando os preços ao menor nível desde agosto. O mercado segue atento às condições climáticas na América do Sul, que podem impactar a safra e, consequentemente, a dinâmica dos preços internacionais nos próximos meses.