Exportações de soja caem mais de 20% no início de 2025
Brasil exporta menos soja devido a atraso na colheita

As exportações brasileiras de soja somaram 7,50 milhões de toneladas entre janeiro e fevereiro de 2025. Segundo dados apontados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o valor registrado representa uma queda de 20,77% comparado ao mesmo período do ano anterior. O atraso na colheita e as dificuldades no escoamento da produção foram os principais fatores que influenciaram essa redução.
O Mato Grosso, o principal estado produtor do país, seguiu a mesma tendência. As exportações somaram 2,65 milhões de toneladas no período, uma redução de 24,43% em comparação ao ano anterior. A China, maior mercado consumidor da soja mato-grossense, importou 1,86 milhão de toneladas nos dois primeiros meses do ano, registrando um decréscimo de 4,79% frente ao mesmo intervalo de 2024.
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Apesar do cenário de retração, o avanço da colheita pode impulsionar os embarques nos próximos meses. Até a última sexta-feira (7), 91,84% da produção esperada já havia sido colhida, aumentando a oferta do grão no estado. “O que deve impulsionar os envios daqui para frente, visto que a maior parte da produção tem como destino o mercado exterior”, destacou o instituto.
Dados do 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 da Conab indicam que as condições climáticas favoreceram a colheita da soja na maior parte do estado. “A ocorrência de chuvas recorrentes alternadas com períodos de sol permitiu um ritmo acelerado na colheita da soja”, apontou o relatório. Entretanto, a região Leste ainda enfrenta atrasos devido ao excesso de precipitações, o que tem dificultado a conclusão das operações.
Apesar desses desafios, a safra tem apresentado produtividade superior às estimativas iniciais. As projeções indicam uma média de 3.808 kg por hectare, um aumento de 19,8% em relação ao ciclo anterior. O monitoramento das lavouras segue focado no controle de pragas e doenças para garantir a qualidade dos grãos que ainda serão colhidos até o final de março.