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Trump suspende tarifas para alguns países: Entenda

A pausa nas tarifas não representa recuo, segundo Trump



A pausa nas tarifas não representa recuo, segundo Trump A pausa nas tarifas não representa recuo, segundo Trump - Foto: Pixabay

Em uma movimentação estratégica, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma suspensão temporária de 90 dias nas tarifas comerciais aplicadas a países que não retaliaram os EUA na atual guerra comercial. A medida, no entanto, exclui a China, que enfrentará um aumento de tarifas de 104% para 125% sobre seus produtos exportados ao mercado norte-americano.

A decisão de Trump visa dar fôlego às negociações comerciais, em especial com a China, ao mesmo tempo em que mantém sua postura dura contra o déficit comercial americano. O presidente afirmou que o desequilíbrio nas trocas com os chineses, que teria rendido à China cerca de US$ 1 trilhão no último ano, precisa ser corrigido. Segundo ele, os EUA agora estariam revertendo esse cenário, gerando US$ 2 bilhões por dia.

Apesar da retórica agressiva, Trump demonstrou abertura ao diálogo. Declarou que a China e outros países desejam negociar, mas ainda não sabem como fazê-lo. Ele se disse confiante de que um acordo será alcançado e reiterou que os EUA estão dispostos a negociar com todos os parceiros comerciais.

A pausa nas tarifas não representa recuo, segundo Trump, mas uma estratégia para estabilizar o ambiente internacional e evitar mais tensões. Ele advertiu que os países beneficiados pela suspensão devem manter postura cooperativa, sob risco de verem as tarifas dobradas. Para o presidente, as ações visam colocar os EUA em uma posição econômica mais vantajosa no curto prazo.

De acordo com Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates, este é um bom momento para repensar como lidar com dívidas e desequilíbrios econômicos. A decisão do presidente Trump de optar por negociações, em vez de medidas mais agressivas, é vista como um caminho mais positivo. “Espero e acredito que ele fará o mesmo com os chineses, o que, na minha visão, inclui negociar um acordo que valorize o RMB em relação ao dólar, algo que seria alcançado pelos chineses vendendo ativos em dólar e, ao mesmo tempo, flexibilizando suas políticas fiscais e monetárias para estimular a demanda interna. Isso seria vantajoso para ambos os lados”, comenta.

“Este também é um ótimo momento para os investidores que ficaram chocados e assustados com o que aconteceu (e com o que pode acontecer) repensarem suas abordagens na hora de estruturar seus portfólios, de forma a não ficarem expostos a riscos tão intoleráveis. Posso garantir que, mais cedo ou mais tarde, surgirá outro caso ainda pior de movimentos de mercado que os assustarão novamente”, conclui.
 

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