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SC: preço da soja recua em Julho, mas continua acima do ano anterior

Exportações seguem em alta


Foto: Pixabay

O preço da soja em Santa Catarina, que vinha em elevação desde o início do ano, registrou uma leve queda de 0,7% em julho, fechando o mês com um valor médio de R$ 125,62 por saca. Apesar do recuo em relação a junho, o preço ainda é 4,3% superior ao registrado em julho de 2023, de acordo com o Boletim Agropecuário de agosto do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

Segundo o boelteim, em agosto, o cenário para os produtores catarinenses seguiu desafiador. Os preços diários ao produtor na praça Oeste do estado apresentaram um recuo de cerca de 7% em relação ao início do mês. Este movimento de queda é reflexo da elevação da área cultivada e do bom desempenho das lavouras nos Estados Unidos, o que tem pressionado os preços internacionais. O relatório do USDA, divulgado em 12 de agosto, revisou para cima a estimativa de produção dos EUA, que agora deve alcançar 124,9 milhões de toneladas. No Brasil, a expectativa para a safra 2024/25 é de 169 milhões de toneladas, com perspectivas de aumento da área cultivada.

A produção total de soja em Santa Catarina, somando a primeira e a segunda safra, atingiu 2,75 milhões de toneladas. A expansão da área plantada na primeira safra ajudou a evitar uma queda mais acentuada na produção, que foi impactada por chuvas excessivas em outubro e novembro de 2023. Esses fatores climáticos atrasaram a semeadura, provocaram perdas de nutrientes por lixiviação e prejudicaram a população de plantas, resultando em uma redução de 11,2% na produtividade da primeira safra. A segunda safra manteve-se estável, com uma área de 58 mil hectares e uma elevação de 3,3% na produtividade, garantindo uma produção superior a 150 mil toneladas. As regiões de Chapecó e São Miguel do Oeste concentram cerca de 80% da área cultivada no estado, conforme os dados do boletim.

As exportações de soja por Santa Catarina somaram 832 mil toneladas entre janeiro e julho de 2024. No entanto, as vendas externas deste ano devem ser menores em comparação a 2023, devido à queda na safra 2023/24. Além disso, o valor recebido por tonelada também apresentou uma redução expressiva no período. Comparando os volumes exportados entre setembro de 2023 e junho de 2024, houve uma diminuição do valor total de receita, mesmo com o aumento no volume exportado em junho. O ritmo de comercialização concentrou-se principalmente no primeiro semestre, acompanhando a evolução mensal dos embarques.

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