Mercado da soja: Colheita avança pelo Brasil
Em Santa Catarina, a colheita se aproxima do fim

Segundo informações da TF Agroeconômica, o cenário da soja no Brasil segue marcado por contrastes entre regiões. No Rio Grande do Sul, a colheita avança em ritmo satisfatório, apesar das chuvas esparsas, mas enfrenta perdas causadas por estresse hídrico e clima irregular. Os produtores mantêm os negócios travados, aguardando o fim da colheita para avaliar o cumprimento dos compromissos financeiros. No porto, a saca para entrega em abril está cotada a R$ 139,00. No interior, os preços variam: R$ 136,00 em Cruz Alta, R$ 134,00 em Passo Fundo, R$ 135,00 em Ijuí e R$ 127,00 em Panambi (preço de pedra).
Em Santa Catarina, a colheita se aproxima do fim, com 79% das lavouras em boas condições. No entanto, a estiagem persiste e ameaça a produtividade, estimando-se perdas de até 30%. No porto de São Francisco, a saca está cotada a R$ 135,30. Já no Paraná, a colheita atingiu 99% da área, com 90% das lavouras ainda apresentando boas condições. Os produtores iniciaram negociações para a safra 2025/26 e antecipam compras de insumos, temendo alta nos custos. Os preços no porto de Paranaguá chegaram a R$ 136,86; no interior, variaram entre R$ 123,00 e R$ 131,12, dependendo da praça.
Em Mato Grosso do Sul, a colheita chegou a 98,3% da área plantada, com produtividade revisada para cima, passando de 51,7 para 54,4 sacas/hectare. A produção esperada subiu para 14,6 milhões de toneladas, 6,8% acima da safra passada. Os preços do dia ficaram em R$ 121,60 em Dourados e Maracaju, e R$ 111,76 em Chapadão do Sul. Por fim, em Mato Grosso, apesar da expectativa de safra recorde 2024/25 e VBP projetado em R$ 199,79 bilhões, mais de 40% da produção ainda não foi comercializada. Os preços seguem pressionados: R$ 112,02 em Sorriso e Nova Mutum, e R$ 115,45 em Rondonópolis e Primavera do Leste.