Milho: Produtores devem aproveitar oportunidades para 2026
Esse cenário fez com que os preços retomassem seu padrão sazonal de baixa

Segundo análise da TF Agroeconômica, os preços do milho no Brasil estão em queda neste momento, em função da normalização da Safrinha, que embora tenha iniciado com atraso, foi recuperada a tempo. A expectativa é de uma produção 7,81% superior à anterior, cerca de 9,04 milhões de toneladas a mais, o que garante tranquilidade aos compradores das indústrias de carnes e etanol, mesmo com o aumento da demanda interna. Isso porque houve uma redução de mais de 4 milhões de toneladas nas exportações, redirecionando oferta ao mercado doméstico.
Esse cenário fez com que os preços retomassem seu padrão sazonal de baixa, típico do período de colheita, com forte disponibilidade do grão nos armazéns a partir de julho. A TF destaca que esse comportamento é comum: nos meses de dezembro e janeiro, os preços sobem devido à incerteza climática e geopolítica, e caem gradualmente conforme essas incertezas se dissipam, culminando em um piso durante a plena colheita. A partir do segundo semestre, com a redução dos estoques, os preços tendem a se recuperar.
Diante disso, a recomendação da consultoria é que os produtores aproveitem o atual cenário para fixar o preço de venda na B3 para julho, e recomprar a posição naquele mês, somando ao valor obtido no mercado físico. Essa estratégia pode resultar em um preço final mais vantajoso do que a simples venda direta durante a colheita.
Para a próxima safra 2025/26, cujas colheitas iniciarão em dezembro de 2025 e continuarão com a Safrinha em 2026, o contrato de milho para julho de 2026 na B3 está em R$ 76,93/saca. Apesar de uma leve queda diária, os analistas projetam que, mantendo-se o índice de correção de custos (2,63% ao ano), o lucro poderá ser de aproximadamente 6,78%. A recomendação é que o produtor aproveite os bons preços atuais para fixar parte da produção e garantir cobertura dos custos com margem positiva.