CI

Produção de caqui segue em queda no Paraná

Paraná responde atualmente por 3,9% da produção nacional de caqui



Foto: Pixabay

A produção de caqui no Paraná enfrenta uma retração contínua, com impactos nas áreas cultivadas, no volume colhido e no Valor Bruto da Produção (VBP), segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), para o período de 28 de março a 2 de abril.

De acordo com os dados, o Paraná responde atualmente por 3,9% da produção nacional de caqui. “Em 2023, a área plantada foi de 470 hectares, com produção de 6,2 mil toneladas e um VBP de R$ 18,2 milhões”, informou o Deral. Nos últimos dez anos, a área dedicada à cultura no estado caiu 56,2%, enquanto a produção reduziu-se em 54,5%. A principal causa apontada pelos técnicos é a incidência de antracnose nos pomares. Em 2015, o VBP deflacionado foi de R$ 42,9 milhões, o que indica uma queda de 57,7% no período.

O cultivo da fruta está concentrado em quatro Núcleos Regionais: Curitiba (29,1%), Ponta Grossa (21,3%), Cornélio Procópio (11,8%) e Apucarana (11,4%). Juntos, esses núcleos representam 73,5% da produção estadual. Arapoti é o município com maior produção, com 13,6% do total, seguido por Bocaiúva do Sul e Porto Amazonas.

As Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa/PR) registraram, até novembro de 2023, a comercialização de 8,4 mil toneladas de caqui, movimentando R$ 46,7 milhões. O produto veio principalmente do Rio Grande do Sul (66%) e do próprio Paraná (25,2%), com preço médio de R$ 5,52 por quilo. Também foram comercializadas 12,2 toneladas de caqui importado, principalmente da Espanha, com média de R$ 23,60/kg.

Na comparação entre os meses de fevereiro e março de 2025, os preços pagos ao produtor paranaense aumentaram de R$ 127,50 para R$ 148,11 por caixa de 20 kg, uma alta de 16,2%. Em relação ao mesmo período de 2024, a valorização foi de 51,1%. No varejo, no entanto, os preços caíram: em março de 2025, o valor médio foi de R$ 13,83/kg, queda de 21% em relação ao mês anterior.

No cenário nacional, o caqui ocupa a 19ª posição entre as frutas mais colhidas, com produção de 165,3 mil toneladas e VBP de R$ 517,1 milhões em 2023, segundo o IBGE. A área plantada totaliza 7,7 mil hectares, sendo São Paulo (47,2%), Rio Grande do Sul (28%) e Minas Gerais (11,2%) os principais estados produtores.

A exportação brasileira somou 460 toneladas em 2024, com receita de US$ 995 mil. Os Países Baixos, o Canadá e os Estados Unidos responderam por 48,4% do volume exportado e 65,4% do valor arrecadado. A Espanha lidera as importações, com 572 toneladas adquiridas.

Segundo o Deral, a combinação de chuvas irregulares e altas temperaturas deve antecipar o ciclo do caqui neste ano, o que pode contribuir para uma nova redução nas colheitas.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.